Recentemente, o Brasil se viu diante de duas grandes tragédias ambientais envolvendo o rompimento de barragens em Brumadinho e Mariana, cidades do interior de Minas Gerais. E isso ligou o alerta para que as mineradoras de todo o país tenham ainda mais cautela e cuidados.
Ambas as mineradoras envolvidas utilizavam o local para o depósito de rejeitos. Mas o que, afinal, é isso?
O rejeito é o que “sobra” do processo de beneficiamento do minério – no caso da Mineração Vale Verde (MVV), do cobre. É o resíduo do tratamento do material extraído.
Vale salientar que ele não é tóxico, segundo a norma NBR 10.004/2004 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), que estabelece os critérios para classificação dos resíduos sólidos quanto aos seus riscos potenciais ao meio ambiente e à saúde do ser humano.
Testes feitos na época da resolução desta norma provam que o rejeito (uma mistura do minério em questão, areia e água) não é perigoso. Além de não ser tóxico, ele também não é corrosivo ou inflamável.
Para transformar o cobre em um produto puro e que atenda às exigências mercadológicas, ele precisa, então, passar pela etapa de beneficiamento.
Nesse ato, separa-se o que é rico no minério e o que é descartável – justamente aquilo que se torna rejeito e vai diretamente para a barragem, não havendo valor comercial algum.