Quem faz uso da tecnologia para ajudar o outro?

7 de agosto de 2019
Por Agência Lúmen
DEYVSON

Hoje a palavra “empreender” parece remeter a um futuro com possíveis ganhos financeiros. Uma pessoa que empreende quer que seu negócio, logicamente, tenha retorno. Mas é apenas de dinheiro que precisamos?

Uma das coisas que ele mais aprecia é estar com a família em frente ao mar (Foto: Arquivo pessoal)

O que seria maior que o sorriso de alguém por estar se comunicando, sendo finalmente entendido pelos que lhe rodeiam? Isso não tem preço.

E o José Deyvson Nunes Santos dos Santos, de 31 anos, sabe disso. Ele, que atualmente trabalha no setor de geoprocessamento da Mineração Vale Verde (MVV), foi um dos idealizadores do Projeto Rick.

Por conta do irmão Carlos Henrique — daí o nome do projeto —, ele desenvolveu ao lado de alguns amigos uma plataforma com jogos interativos e ambiente comunicacional para que pessoas com problemas intelectuais e cognitivos pudessem “falar”, se divertir e aprender.

Carlos Henrique, o “Rick”, foi um dos primeiros a testar a ferramenta em 2015 e a acompanhar o progresso dela.

A plataforma já ajudou muita gente e, se depender de Deyvson, este será sempre o seu maior investimento.

PAIZÃO AVENTUREIRO

É difícil elencar o hobbie preferido dele. Fotografia, trilha, viagens, moto, mergulho. Deyvson é um incansável.

Natural de Arapiraca, ele adora praia e estar em conexão com o verde e o azul. Isso lhe traz uma sensação de liberdade e paz. Uma dessas paisagens é a sua preferida, que acaba traduzindo tudo: a praia.

Estar em frente ao mar é o mesmo que espelhar-se. É onde tudo começa; onde tudo termina. Como uma onda que vem e vai.

Nesse sutil balanço, ele aprecia a sua existência e a possibilidade de amar – Deyvson é casado com Paula Thayse Santos do Nascimento, formada em Geografia e Administração de Empresas, e tem um filho chamado João Davi, de dois aninhos de idade.

“Ele é realmente um ‘paizão’. Parece clichê, mas ele é aquele pai superprotetor, dedicado, que troca fralda, dá banho e vira a noite de sono com João doente, no colo, madrugada adentro”, conta, orgulhosa, Paula Thayse, que hoje é professora em uma escola estadual em Arapiraca.

E completa: “Ele tem uma característica muito forte — quando põe algo na cabeça, vai até o fim. Quanto mais difícil e com novos obstáculos surgindo, mais ele se empolga. Se for preciso, passa madrugadas em claro até conseguir. E quando é para ajudar o outro, nem se fala! Ele é extremamente compassivo”.

Por isso, desde 2007, quando prestador de serviços pela primeira vez na MVV, sua notoriedade na empresa só tem crescido.

No ano seguinte, Deyvson foi contratado para a área de Tecnologia da Informação (TI). Depois passou para a área de geoprocessamento, sítio onde atua até o momento.

Como gosta de estar em movimento e aprendendo sempre, está terminando a faculdade de Sistemas de Informação. Tudo isso para contribuir ainda mais com a MVV.

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