Dois pontos. Arremesso fora da área, vale três. De novo e de novo. Muito treino e muitos frutos. Foram 10 anos atuando como jogador profissional de basquetebol no Clube do Remo, no Pará.
Ao lado do time, ele conquistou à época a Copa Norte, realizada no Estado do Amapá. Não só isso: ele ‘conquistou’ todas as capitais do país. Por meio do esporte, pôde conhecer todo o Brasil.
Mas foi em um retiro religioso católico que ele conheceu o amor de sua vida. Pausa para uma contemplação: foram seus 2,2 metros de altura lhe ajudaram a tais feitos. Tanto a ser jogador de basquete, como a chamar atenção de sua futura esposa.
Mesmo sempre olhando o mundo de cima, ele nunca se sentiu superior a nada ou a ninguém. Patrick Rocha Smith é, na verdade, uma pessoa muito doce, atenciosa e generosa.
Técnico em Segurança do Trabalho do Projeto Serrote da Mineração Vale Verde (MVV) desde 2019, ele tem muito orgulho do ofício que exerce e só sossega quando chega em casa e constata que o dia foi com zero acidentes. Essa é sua luta diária. Ponto para Patrick.
DE TABELA
“Vou casar com ela!”. Essas teriam sido as palavras dele quando viu e se encantou de vez pela sua hoje companheira de vida, a técnica em Enfermagem do Trabalho, Maria de Fátima Marques da Silva Smith, de 42 anos.
A frase foi proferida a um amigo dele, durante um jantar de gala realizado por um grupo de jovens da Igreja que ambos participavam.
Patrick, atualmente com 38 anos, tinha conhecido Fátima em um retiro havia pouco. Isso tudo aconteceu em Belém, capital paraense.
Por conta de suas viagens com o time de basquete, ele acabou se afastando dela e do grupo de jovens. Não por querer. Compromissos profissionais, evidentemente.
Quando Patrick retornou àquelas terras, quem o recebeu foi Fátima. A energia ressurgiu. Passaram mais quatro meses se encontrando e conversando, além de realizar trabalhos voluntários junto à Igreja.
Certo dia, em um praça da capital paraense, defronte à imagem de Nossa Senhora de Nazaré, ele a pediu em namoro. O casal já estava abençoado.
De lá para cá, já são 13 anos de casados e muitas parcerias de trabalho. “Somos nômades. Já moramos em muitos lugares por conta de emprego. Temos agora ao nosso lado a gatinha Cristal, que nos acompanhará durante a operação do Projeto Serrote”, brinca Fátima Smith.
Segundo ela, depois de deixar o basquete, Patrick ainda ficou trabalhando um ano como vigilante em Belém.
“Ele ama o que faz! Diz que não consegue se ver fazendo outra coisa na vida! Depois de ser vigilante — olhe o tamanho dele! —, conseguiu emprego na área que está hoje. Foi na construção de uma usina hidroelétrica em Estreito-MA – Consórcio Rio Tocantins. Nunca mais saiu dessa profissão desde então. Sempre muito cuidadoso! Com ele, a segurança sempre está em primeiro plano”, conta a esposa.
Além de Ponta Porã, onde nasceu no interior do Mato Grosso do Sul, Patrick já morou em estados como o Pará, Amapá, Maranhão, Rio de Janeiro e, no momento, Alagoas.
“Essas mudanças de estados e cidades são sempre relacionadas ao trabalho, mesmo. Depois do período dele na usina de Estreito-MA, fomos para Altamira-PA para trabalhar na Usina Hidrelétrica de Belo Monte por cinco anos e meio. Ela é a terceira maior hidrelétrica do mundo! Foi um grande aprendizado! Em seguida, fomos para Imperatriz-MA, a fim de atuar em um projeto da construção da maior oficina de trem da América Latina, onde ficamos por cerca de 10 meses. Após isso, fomos chamados para um projeto da construção de uma termelétrica em São João da Barra-RJ. O trabalho por lá durou cerca de um ano e meio. Daí, em outubro de 2019, Patrick foi convidado a trabalhar na MVV. A princípio, ele veio com uma empresa parceira, por meio da Diefra. Quando surgiu uma vaga na MVV, ele concorreu e conseguiu ingressar na companhia, onde está muito feliz hoje”, revela sua parceria de sempre.
DE FORA DA ÁREA
“Ele gosta de viajar, ir à praia, fazer churrasco e assistir ao UFC (campeonato de artes marciais mistas – MMA). Na música, sua banda de rock preferida é o Pearl Jam. Ele costuma dizer que os dois momentos mais felizes da vida dele são: quando casamos e quando ele foi ao show do Pearl Jam, em Brasília”, lembra-se Fátima, sorrindo.
E completa: “Hoje o que continua me chamando atenção no Patrick é, principalmente, o grande ser humano que ele se tornou, para além dos seus mais de dois metros de altura. Tudo o que fazemos na vida é em comum acordo. Ele é uma pessoa que me respeita muito; carinhoso, parceiro, amoroso e um excelente marido, que eu amo muito! Tenho também muito orgulho do profissional que ele é hoje. Tem buscado incansavelmente fazer seu trabalho da forma mais correta possível, de maneira justa, sempre em busca de parâmetros legais e contribuindo com o seu conhecimento na teoria e na prática”.
O filho do policial federal José Mário Smith de Oliveira e da dona de casa Maria Janaína Rocha de Oliveira — ambos in memorian — teve uma vida muito marcada pela presença da avó paterna Carmelita, quando da separação de seus pais, ainda quando ele possuía seus três aninhos de idade (Patrick só se reencontrou com a mãe aos 27).
“Apesar disso, ele foi feliz na infância, rodeada de primos, tios e amigos afetuosos. A paixão da vida dele era essa avó, a quem ele carinhosamente chamava de ‘mãe’. Um amor puro”, completa a esposa.
Todo esse carinho o fez a pessoa que é agora, sempre ajudando quem o procura, com a esperança de ser melhor a cada dia e o “maior cestinha” de boas ações por onde passar.
Patrick pensa diferente. Patrick faz mais. Patrick é MVV.