Na manhã desta terça-feira (29), o Grupo Appian Brazil proporcionou um momento de partilha com uma palestra sobre diversidade e inclusão, fazendo todos, todas e “todes” refletirem ainda mais sobre o Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+, comemorado na segunda (28).
A live foi ministrada por Cristina Kerr, professora de Diversidade da Fundação Dom Cabral e colunista da revista Você S/A. O tema é de extrema importância para a nossa evolução pessoal e, também, no ambiente de trabalho onde merecemos respeito por sermos quem e como somos.
Apesar de ter sido feriado aqui em Alagoas, mais de 100 pessoas acompanharam a conversa com a professora, que trouxe informações científicas para explicar melhor sobre o assunto, além de dados percentuais a respeito do que isso acarreta dentro de grupos empresariais pelo mundo.
A nossa empresa, a partir de seus valores de ESG (ambientais, sociais e de governança), tem mantido sempre o ambiente aberto para que seus empregados e empregadas se manifestem como são.
“Por que, afinal, precisamos falar sobre diversidade e inclusão? É muito importante que sejamos representados e representadas nos locais onde estamos inseridos. E o ambiente de trabalho é um deles. Para a ONU [Organização das Nações Unidas], o combate à LGBTfobia e transfobia é prioridade nos Direitos Humanos. Pessoas rejeitadas pelo que são têm mais tendência à ansiedade, à depressão e ao suicídio. Somos seres racionais, mas muito além disso: costumo dizer que somos seres sociais e emocionais”, diz Cristina, que é também especialista em Neurociência e Comportamento.
Segundo ela, todo ser humano quer se sentir parte de algo. Por isso, exclusão, em miúdos, se traduz em improdutividade. Já a inclusão, em produtividade.
“Quando alguém é constantemente rejeitado ou rejeitada, isso vai liberando em nós os hormônios cortisol e adrenalina de forma recorrente até que o nosso sangue fique com pH ácido, desencadeando em doenças sérias como hipertensão e diabetes, além das de ordem mental. O que mais faz mal para a nossa saúde é a exclusão. Muitos preconceitos são inconscientes. Precisamos identificá-los e fazer uma autoanálise. É, de fato, uma jornada e tanto para sairmos dessa bolha até que a gente olhe para todas as pessoas como seres humanos, como são. Isso precisa acontecer. Não há mais espaço para o contrário na nossa sociedade”, pontua a professora.
Para o gerente corporativo de Aquisições, Armazéns, Tecnologia da Informação e Comex da Appian Brazil, Luciano Cardoso, uma das melhores formas de combater isso é estendendo a mão ao outro.
“Afinal, lágrimas, suor e sangue possuem a mesma essência. É como nos grupos de Alcoólicos Anônimos: a pessoa compartilha sua história e ajuda o outro. E, ao ajudar os outros, ajuda a si mesmo”, comenta Luciano, enfatizando que precisamos entender melhor o outro no universo do outro.
Ou seja, não acolher pessoas com orientação afetiva sexual não normativa seria, para a nossa comunidade, um desperdício de potencial humano gigantesco.
Por isso, Cristina Kerr aponta que é necessário criarmos para pessoas LGBTQIA+ (na vida pessoal e nos locais de trabalho) um senso maior de pertencimento; um ambiente de respeito; um espaço para escuta e voz ativas; valorização (com feedbacks positivos e de correção de rota); apreciação por aquela pessoa ser única; e aceitação por ele ou ela ser quem é.
O CEO do Grupo Appian Brazil, Paulo Castellari, também participou do momento de aprendizado, dizendo-se fascinado pelo tema, pois infere também em uma mudança de postura, um novo jeito de olhar para o ambiente corporativo e as pessoas inseridas nele. Ele, inclusive, citou o Comitê Roda com Elas, criado com mulheres da mineração na nossa empresa, como uma iniciativa que promove o diálogo aberto para a construção de uma mineração cada vez mais plural e inclusiva.
“O que falamos aqui hoje é o combustível para novos debates, a respeito de ambientes que aceitam as diferenças, sejam elas quais forem. Quando temos locais de partilha, um gatilho de criatividade e inovação acontece. Crescem as pessoas, cresce a nossa empresa. É muito bom falarmos sobre este assunto”, diz ele, agradecendo a oportunidade à professora Cristina Kerr e aos organizadores do evento sobre o universo LGBTQIA+, que também é nosso. De todos, todas e “todes”.