Mulheres da Mineração: mais de 120 delas fazem parte do nosso Projeto

19 de março de 2021
Por Agência Lúmen
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As mulheres têm conquistado, ano após ano, o seu espaço de direito. Locais antes repletos de homens vão se equilibrando com a presença feminina.

A palavra está com elas: Érica é uma das mulheres recém-contratadas da MVV (Foto: Zóio Comunicação)

Um desses ambientes é a indústria. E dentro dela, a mineração. Aqui em nossa empresa, de acordo com o Quadro Geral de Pessoal deste mês de fevereiro, há 124 mulheres atuando no Projeto Serrote — dados fornecidos pelo nosso RH.

O número dá conta das empregadas efetivas da MVV e terceirizadas. Uma destas é a jovem Érica Cavalcante, de 19 anos, natural de Craíbas.

Ela retrata justamente essas mulheres que estão acabando de conquistar esse espaço dentro do universo minerário.

No ano passado, ela realizou as etapas para o Programa Aprendiz Operacional e entrou para o Projeto Serrote, sendo uma das 41 pessoas selecionadas para atuarem na Operação de Planta.

“Apesar de eu nunca ter me imaginado dentro de uma mineração — e a Operação de Planta ser uma área totalmente nova para mim —, a experiência vem sendo incrível. Cada descoberta e aprendizado tornam a área ainda mais interessante e me desperta a vontade de aprender tudo o que posso sobre ela”, destaca Érica, que também começará a cursar Administração na Universidade Federal de Alagoas (Ufal) campus Arapiraca no próximo semestre.

Érica participou do Programa Aprendiz Operacional da nossa empresa (Foto: Zóio Comunicação)

A respeito desses locais majoritariamente ocupados por homens, ela deixa o seu recado. “É importante lembrar que o ‘8 de Março’ é um dia de luta, que representa os inúmeros movimentos de mulheres trabalhadoras que buscaram e buscam o fim da opressão, violência e discriminação. Lembrar, também, que nossa realidade de hoje só é possível porque mulheres de luta enfrentaram toda uma sociedade por nós. Então, é impossível não sentir orgulho de hoje ocupar um lugar do qual foi necessária tanta luta para que se tornasse viável”, pontua a recém-empregada da nossa empresa.

Segundo a operadora de Planta, ela também sente orgulho de as mulheres continuarem lutando para conquistar o seu devido espaço.

“Não só aqui na mineração, mas em todas as áreas que antes — e até atualmente — são vistas como sendo apenas ‘para homens’. Somos capazes e estamos mostrando isso, dia após dia, geração após geração”, ressalta Érica, que se sente muito acolhida no nosso Projeto.

Centenas de pessoas acompanharam palestra com Maria da Penha (Foto: Reprodução)

MARIA DA PENHA

No último dia 11, em reverência a este mês inteiro de lutas, o Grupo Appian Brazil, por meio da Atlantic Nickel, reuniu todos os nossos empregados dos dois ativos para uma palestra com a farmacêutica Maria da Penha, vítima de violência doméstica que inspirou a lei com seu nome e líder de movimentos em defesa dos direitos da mulher.

Na oportunidade, ela sensibilizou os presentes na videoconferência contando um pouco da sua história — desde o atentado em 1983 que a deixou paraplégica até o julgamento definitivo de seu ex-companheiro em 2001.

De lá para cá, foram inúmeras lutas e seu exemplo de força emocionou todo o Brasil e, inclusive, o mundo.

Maria da Penha contou sua história e se sentiu abraçada (Foto: Reprodução)

“A Lei Maria da Penha [Lei nº 11.340] foi criada a partir do consórcio de ONGs e teve sanção em 2006. É considerada uma das três melhores leis do mundo no assunto. Histórias como a minha existem bastante. Eu não consegui recuperar os movimentos dos meus membros inferiores. Sofri diversos atentados pelo meu ex, que me manteve em cárcere privado por certo período. Mas consegui dar fim a esse ciclo. Quando a violência acaba, a vida recomeça”, diz ela.

Maria da Penha escreveu, então, o livro “Sobrevivi… Posso contar”, tratando de toda a sua dor e toda a sua trajetória para fora do sofrimento, rumo à liberdade

Em 2009, foi criado o Instituto Maria da Penha (IMP) que atua com a prevenção da violência contra a mulher e com cursos e formações em faculdades, comunidades vulneráveis e escolas, além de palestras e consultorias.

IMP foi criado há mais de 10 anos (Foto: Reprodução)

“É preciso olhar também para esses ambientes onde acontecem essas agressões. Geralmente, há filhos envolvidos nesses lares. A média é de três crianças órfãs para cada feminicídio no nosso país, dados que coletamos em parceria com a Universidade Federal do Ceará. Um número expressivo e muito triste! Precisamos mudar essa realidade e ensinar aos homens e aos nossos filhos homens como caminhar no mundo de forma harmônica, sem violência”, pontua Maria da Penha.

PAPO COM PSICÓLOGA

E no Dia Internacional da Mulher, 8 de março, a nossa empresa teve um momento especial com a psicóloga Ana Cristina Santos, que também atua na parte orçamentária da multinacional Vale.

Ela trouxe reflexões sobre o cenário e os desafios da mulher na atualidade, com provocações sobre autoconhecimento, autoestima e autoconfiança.

Encontro online com psicóloga Ana Cristina Santos rendeu ótimo papo (Foto: Reprodução)

Segundo ela, é preciso que toda mulher passe por um processo interior, a fim de se reconhecer como mulher.

“Devemos estar disponíveis, inclusive, para uma escuta ativa, não verbal, sem julgamentos. Ouvir as histórias de outras mulheres e seus percursos. E, no fim, perguntar quem somos nós. É um exercício muito importante”, coloca Ana.

Dezenas de empregadas da nossa empresa participaram e deram suas opiniões e depoimentos partilhando experiências, também por videoconferência, em atenção aos protocolos de Segurança contra a COVID-19.

Mesmo longe, todas nós estamos juntas neste momento e em todos os outros. Há muito por vir. Há muito a se conquistar para que a equidade de direitos se torne uma realidade a cada dia.

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