Foi campeão como goleiro nos Jogos Escolares

17 de outubro de 2019
Por Agência Lúmen
GABRIEL8

Ele, ao mesmo tempo, gosta de um cantinho só seu para assistir aos seriados que mais curte sair com os amigos e conhecer lugares novos em outros estados ou países.

Ele ama viajar; na foto, a Pedra Redonda, em Monte Verde-MG (Foto: Arquivo pessoal)

O nosso personagem de hoje é um dos mais jovens empregados da Mineração Vale Verde (MVV) com apenas 23 anos de idade e um futuro brilhante pela frente. É dele que estamos falando: Gabriel Duarte Viana Rodrigues.

Gabrielzinho, como é chamado pelos amigos de trabalho, é formado em Engenharia Civil pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal) campus Sertão, em Delmiro Gouveia. Na MVV, exerce o cargo de Assistente Técnico.

Segundo sua mãe, a bancária aposentada Rozilane Shirley Duarte Rodrigues, de 56 anos, ele sempre foi um jovem prodígio.

Retrato feito no Clube dos Fumicultores ao lado de seu pai (Foto: Arquivo pessoal)

Nascido e criado no bairro Eldorado, em Arapiraca, estudou na Escola Domingos Rodrigues e depois migrou para a Escola Santa Clara de Assis, sempre com boas notas.

Uma tia sua, chamada Maria Elita, trabalhava no Colégio Normal São Francisco de Assis e, orgulhosa, mostrou a caderneta toda “azul” a uma das irmãs que coordenavam a instituição de ensino arapiraquense. A freira teria dito “Quero esse menino estudando aqui!” e Gabriel foi presenteado com uma bolsa integral, que teve validade até a conclusão de seu Ensino Médio.

Ele chegou lá na 5ª série (hoje, o 6º ano do Ensino Fundamental) e permaneceu com boas notas, fazendo jus ao “presente” das irmãs.

Peças se encaixando: Gabriel já queria ser engenheiro (Foto: Arquivo pessoal)

Desde sempre, preferiu os números. Por isso, seguiu para o caminho das Exatas. “Quando perguntávamos o que ele iria fazer no vestibular, dizia ‘Engenharia Civil’. Foi algo muito natural. Nunca o pressionamos para nenhum direcionamento de profissão”, diz a ex-bancária

Gabriel tem uma irmã, formada em Biologia, também pela Ufal, e mestranda em Genética de População pela Universidade do Porto, em Portugal. É Giovana Duarte Viana Rodrigues, 26.

“Eles nunca foram de brigar. Se dão muito bem! Um sempre ajuda o outro quando precisa. Seletiva, a Giovana não gosta muito de furdunço. Ela prefere ler e ver filmes ao invés de sair para qualquer show ou agitações. Ao contrário de Gabriel, que adora ir para a noite com os amigos”, comenta a mãe, com aquele inevitável e saudável comparativo entre irmãos quase da mesma idade.

Rozilane acolhendo os filhos Gabriel e Giovana, ainda pequenos (Foto: Arquivo pessoal)

Apesar de gostar de sair, ele também se recolhe em seu quarto nas horas vagas para assistir a séries na plataforma de streaming Netflix. As suas preferidas são La Casa de Papel, O Código Bill Gates, Breaking Bad e Narcos.

Na própria TV ou mesmo pela tela do computador, acompanha também campeonatos de futebol europeu, lutas de MMA e Fórmula 1.

UM ANJO QUE CAIU

“Os ‘Gabrieis’ que conheço são como ‘anjos’. É verdade!”, brinca a mãe Rozilane.

E confessa: “Nasci na religião católica. Vou quase que semanalmente para a missa. Mas o nome de Gabriel não foi por causa do anjo que anunciou Jesus à Virgem Maria. Foi por causa de uma música em especial do Beto Guedes”.

Música clássica do álbum “Amor de Índio”, lançado em 1978

Para ela, o nome sempre lhe soou lindamente. “Pequeno, leve. E na letra, o cantor diz assim: ‘Meu pequeno grande amor que é você, Gabriel / Pra poder ser livre como a gente quis / Quero te ver feliz’. Eu sempre vou às lágrimas quando a escuto, como agora”, diz a mãe.

Rozilane cantava essa canção para o filho quando criança. “E ele curtia ouvir o próprio nome dele sendo cantado”, lembra ela, sorridente.

Coincidência ou não, Gabriel nasceu em um local que carrega o nome da mãe de Jesus: o Hospital Santa Maria.

Segundo ela, a infância desse anjo teve “tudo que tinha direito” e, sobretudo, o pé no chão.

“Até hoje, mesmo em casa, gosta de ficar descalço. Ele brincou muito no meio da rua. Quando eu chegava do trabalho, ainda com a bolsa no ombro, me mostrava os deveres de casa feitinhos e pedia para sair para jogar bola com os vizinhos. Dava para montar um time com tanto menino que tinha aqui na rua!”, brinca a mãe-capitã dos garotos do bairro Eldorado.

Ele sempre atuou como goleiro nos campeonatos de futsal e handebol (Foto: Arquivo pessoal)

Desde muito pequenino, sempre praticou handebol e o futsal, tendo Gabriel sido campeão algumas vezes atuando como goleiro nos Jogos Internos do Colégio São Francisco e nos Jogos Escolares de Arapiraca (JEAR).

EM FAMÍLIA

A relação dele com o pai José Roberto Viana Rodrigues, 60 anos, representante comercial na área de construção civil, é também muito saudável e vibrante.

O que mais gostam de fazer é passear, sair juntos. “Sempre que dá, viajamos todos juntos. É maravilhoso descobrir diferentes lugares, culturas e culinárias em família. Já estivemos em Recife e Gravatá, em Pernambuco, onde meu esposo tem família; João Pessoa; Natal; Fortaleza; Belo Horizonte e algumas cidades do sul de Minas Gerais; São Paulo e Campos do Jordão; Rio de Janeiro, Petrópolis e Teresópolis; Manaus; Aracaju e algumas cidades do interior sergipano; Salvador, Chapada Diamantina, Paulo Afonso e Senhor do Bonfim (onde Gabriel iniciou como engenheiro). Ah, e também fomos a Portugal e algumas cidades no entorno, como Lisboa, Sintra, Óbidos, Cascais, Nazaré e Ilha da Madeira. Já com os amigos, ele gosta muito de viajar, sobretudo, no São João, no Carnaval e no Réveillon”, conta Rozilane.

Sempre se aventurando e viajando em família (Foto: Arquivo pessoal)

Esse fato de estar usualmente em família criou laços internos muito profundos nele e nos que o rodeiam.

“Nossa relação sempre foi super tranquila. Gabriel nunca me deu trabalho para nada. Nem nos estudos, nem em desobediência. Muito cuidadoso conosco e com os avós — meu pai tinha mal de Alzheimer há sete anos e morreu em abril, mas Gabriel sempre que podia estava ao seu lado, inclusive, nas escalas de cuidados que eu e meus irmãos fazíamos. Não se queixava. Ele brincava, dizendo que o avô tinha sete vidas. Ficava por amor e demonstrava realmente muito carinho.”, revela a mãe-coruja.

Com a avó paterna Orlinda Viana Rodrigues e o avô materno Adelmo Duarte (Foto: Arquivo pessoal)

ROTINA DE CRESCIMENTO

O dia a dia está corrido. Hoje Gabriel chega do trabalho, toma banho, janta, vai à academia ou jogar bola, assiste a aulas e realiza suas atividades acadêmicas — agora ele está fazendo uma pós-graduação em Gestão e Gerenciamento pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

“Sempre passei para ele e Giovana para a cada dia procurar fazer melhor do que já fez. Gabriel tem muita vontade de crescer profissionalmente. Por isso, segue aprendendo e ouvindo”, finaliza dona Rozilane, aspirando que seus frutos continuem amadurecendo. O que já está acontecendo. Afinal…

Gabriel pensa diferente. Gabriel faz mais. Gabriel é MVV.

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