Nas tardes de quinta-feira (salvo feriados e exceções), representantes da Mineração Vale Verde (MVV) têm um encontro marcado com os moradores das 14 comunidades próximas às instalações do Projeto Serrote, em Craíbas.
Danielson Santos, assistente de Sustentabilidade, lembra que a iniciativa já está na sétima rodada, sendo quatro encontros por mês (um por semana, reunindo duas ou mais comunidades). Em fevereiro deste ano, a primeira rodada estreou com o tema “Segurança de Barragens”.
“O envolvimento dos moradores é grande: eles podem fazer qualquer pergunta sobre o tema do mês ou algum outro, não importa o quão ‘delicada’ ela seja”, explica Danielson Cândido, demonstrando a preocupação da empresa com a abertura e transparência do processo.
Desde que foi instituído, o diálogo social contribuiu para o que alguns chamam de “Licença Social para Operar (LSO)”. Embora não esteja prevista em lei – como ocorre com as permissões do processo licenciamento ambiental -, a LSO é um tipo de anuência do público externo para que a empresa possa desempenhar sua atividade.
O especialista Ian Thompson, que há três décadas estuda o assunto, explica que “o ideal é que a pessoas vejam a operação como vantajosa. A partir desse momento, elas começam a se referir ao projeto como ‘nossa mina’ ou ‘nossa fábrica’. Elas se sentem donas também”.
O índice de aprovação da MVV até o penúltimo encontro da 7ª rodada (agosto) – cujo tema foi sobre “Controle de poeira e uso responsável da água” – foi 100%, resultando em uma média acumulada anual de 93,3%. A aferição é feita por votação anônima logo após os encontros, onde apenas as avaliações “bom” e “ótimo” são consideradas.
Os temas “Como funciona a mineração?”, “Programa de Qualificação Profissional e Desenvolvimento de Fornecedores”, “Mudanças no trânsito e acessos (adutora)” e “Iniciativas socioambientais” foram abordados nos últimos meses. Até o final do ano, serão debatidos assuntos como: “Ruído e Vibrações”, “Aquisições e terras e reassentamento” etc.