A nossa equipe que lida diretamente com o processo de beneficiamento do concentrado de cobre foi escolhida pelo júri da Revista Minérios & Minerales para apresentar um artigo no XII Workshop Opex 2021 em setembro deste ano, em Belo Horizonte.
O artigo “Validação e otimização de parâmetros operacionais das DFR’s (direct flotation reactor, Woodgrove), reatores de flotação utilizados para minério de cobre ultrafino” também está concorrendo ao 23º Prêmio de Excelência da Indústria Minero-Metalúrgica Brasileira, organizado pela renomada revista.
Assinam o estudo a engenheira, Renata Cheloni; a coordenadora de Processo, Fernanda Roenick; a técnica de Processo, Núbia Morais; o supervisor de Produção, Inimar Magalhães; a analista de Produção, Nayara Moraes; e o operador de Planta, José Alexandre Farias.
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Eles acabaram de ser destaque, também, em recentes publicações no website da Revista Minérios e no LinkedIn (confira aqui e aqui).
Diante desse destaque, a redação do MVV NEWS conversou com a coordenadora de Processo da nossa empresa, Fernanda Roenick, sobre esse reconhecimento a partir dos estudos realizados nos últimos meses. Confira abaixo.
- MVV NEWS – Os testes com minério em escala piloto começaram no final de 2020. O primeiro concentrado de cobre em escala piloto contou com duas toneladas de material, após visita da equipe de vocês à ATN. O quão isso foi essencial para a feitura deste artigo e para a medição dos parâmetros operacionais de vocês?
Fernanda Roenick – O teste-piloto foi realizado no final de 2020, mas o planejamento se iniciou no final de 2019. Levamos quase um ano para programar e executar tudo da forma mais assertiva possível. Com esse projeto-piloto, tivemos a validação dos dados operacionais que estão servindo de base para o ramp-up dos reatores de flotação (DFR) da Woodgrove. E, a partir dos parâmetros testados na Planta Piloto, estamos desenvolvendo uma matriz de testes no software estatístico Minitab que irá suportar todas as tomadas de decisões. O Projeto Piloto foi fundamental para a geração de conhecimento e de dados para o início do ramp-up. O artigo foi, também, fundamental para a promoção do Projeto dentro da comunidade acadêmica e científica da Mineração.
- Ele, o artigo, tem como título “Validação e otimização de parâmetros operacionais das DFR’s (direct flotation reactor, Woodgrove), reatores de flotação utilizados para minério de cobre ultrafino”. Por que essa otimização é tão importante para todo o processo da planta industrial? Como funcionam esses reatores?
Os reatores de flotação são equipamentos automatizados e que dispõem de muitos instrumentos de controle. Cada variável de controle impacta, de alguma forma, na performance da recuperação de concentrado de cobre. E a interação ótima entre essas variáveis nos fornece o concentrado na qualidade esperada e com a recuperação desejada. Por isso, foi muito importante ter o conhecimento prévio dessas variáveis na Planta Piloto. O trabalho de otimização destas variáveis continua, agora na Planta Industrial, através da matriz de testes desenvolvida no software estatístico. Uma gama de testes será realizada com a alteração das variáveis de controle e a coleta de amostras para análise química dos teores.
- Desse modo, vocês terão melhores resultados de granulometria, teor dos elementos químicos, percentual de sólidos e densidade, por exemplo?
Isso mesmo! Teremos, assim, a geração do concentrado final de cobre com o teor esperado.
- Quais as equipes envolvidas neste estudo/ artigo?
Este é um trabalho idealizado, inicialmente, pela equipe de Processo, a partir da primeira visita realizada nos laboratórios da Atlantic Nickel em novembro de 2019. No meio do caminho, ganhamos o suporte da equipe de Operação. Já no final do projeto, ganhamos mais força através da contratação de novos membros e a divisão da equipe de Processo em “Processo + PCP (Planejamento e Controle da Produção)”. No entanto, este trabalho não teria sido possível sem o apoio de áreas que trabalham nos bastidores. A equipe de Suprimentos foi fantástica ao adquirir os materiais necessários, além de fazer a contratação dos dois equipamentos piloto (moinho piloto HIG5 Outotec e DFR piloto Woodgrove). A equipe da Construção, com a construção da base para instalar o moinho piloto. A equipe da Engenharia, nos apoiando com a parte de instrumentação e automação dos equipamentos. A área Fiscal sempre nos apoiando na rápida emissão de notas fiscais. Nossa equipe do Jurídico nos orientando e apoiando na revisão de contratos. O time de Gestão de Contratos, sempre a postos para tirar dúvidas. O time do Almoxarifado nos ajudando a receber e armazenar os equipamentos e materiais. O pessoal do Administrativo, sempre nos apoiando com a logística e com as compras de última hora. E, finalmente, contamos com o suporte das equipes da Geologia e Planejamento de Lavra. Sem eles, não teria sido possível escolher as amostras que montaram o compósito representativo do ano de 2021 e que gerou o primeiro concentrado do Projeto Serrote em escala piloto.