Em comemoração ao Dia da Consciência Negra (20/11), todo ano a comunidade rural remanescente de quilombo Carrasco, situada em Arapiraca, realiza no mês de novembro uma tradicional festa, chamada “Carrascultura”.
Este ano, o evento ocorreu neste último sábado (26), com apoio da nossa empresa — que recentemente realizou estudos na região (confira logo abaixo).
Segundo a presidente da Associação de Desenvolvimento da Comunidade Remanescente de Quilombo do Carrasco, Genilda Queiroz, o nome “Carrasco” surgiu através de uma árvore que tinha em abundância por lá. Chamam-na hoje de pau-viola.
É a partir dessa resgate da própria história que ocorre o projeto anual na localidade. O Carrascultura é uma culminância de ações com sanfoneiro, banda de pífano, quadrilha, danças afro e demais manifestações artísticas, além de ofertar uma tradicional feijoada a todos os presentes no evento.
Na oportunidade, Genilda mostrou a todos o resultado de uma parceria com a MVV: uma bolsa de pano.
A Associação foi contemplada pelo 1º Edital de Apoio a Projetos Sociais da MVV, com o projeto “OWU: Moda e Acessórios Étnicos com Tecido Algodão”.
Ao todo, o Edital de Apoio a Projetos Sociais da MVV está beneficiando 6 (seis) projetos da região que se enquadram em atividades que envolvem Cultura; Educação; Empreendedorismo e Geração de Trabalho e Renda; Esporte e Lazer; e Desenvolvimento das Comunidades Vizinhas. Cada projeto está recebendo até R$ 15 mil.
Além do OWU da comunidade Carrasco, foram selecionados os projetos “Vem Pra Roda”, da Associação Cultural Baluarte Capoeira e Maculelê; “Música na Comunidade: Uma Corrida Para Transformar Vidas”, da Associação Comunitária dos Moradores do Povoado Corredor; “Fortalecimento da Associação Juntos Somos Fortes”, da Associação Juntos Somos Fortes; “Inclusão Digital Para Formação de Crianças e Adolescentes em Situação de Acolhimento Institucional”, da Associação Lar São Domingos Sávio; e o “Judô na Comunidade”, do Instituto Andrade.
Em 2008, o Carrasco recebeu a certificação da Fundação Cultural Palmares, do então Ministério da Cultura (MinC), como sendo ambiente remanescente dos quilombos. Assim, a associação nasceu e hoje dá oficinas de modelagem, pintura, reciclagem, artesanato (potes e panelas de barro, vassouras de palha, balaios), culinária (utilizando raízes da região, como o inhame, para a confecção de coxinhas, por exemplo), dança afro e capoeira.
Além da MVV — representada pelo analista de Comunicação e Sustentabilidade, Danielson Cândido —, estiveram presentes também no Carrascultura alguns representantes do Instituto de Terras e Reforma Agrária de Alagoas (Iteral).