Alguns tipos de plástico, como o PET, usado em garrafas de refrigerantes, levam mais de 200 anos para desaparecer. Além disso, o plástico produz gases tóxicos ao ser queimado e sua reciclagem é complexa, porque não se pode misturar diferentes tipos do material.
Nos oceanos, equipamentos de pesca perdidos ou descartados e outras formas de poluição por plásticos estão entre as maiores ameaças aos animais marinhos e ao meio ambiente. De acordo com o Fórum Econômico Mundial, há cerca de 150 milhões de toneladas do material nos oceanos e, considerando o consumo atual, haverá mais plásticos que peixes nos oceanos até 2050.
Um dos usos mais comuns para o plástico é a confecção de “canudinhos”. Como alternativas a eles, canudos de papel, de metal ou vidro têm sido adotados em alguns bares, lanchonetes, restaurantes, barracas de praia etc. Trata-se de uma forma de incentivar as pessoas a reduzir a quantidade de plástico que consomem.
Além disso, várias cidades brasileiras sancionaram leis proibindo o uso dos utensílio de plásticos: o Rio de Janeiro foi a primeira delas, em setembro de 2018, seguida por Santos, no litoral de São Paulo, em janeiro de 2019. Em Alagoas, o projeto de lei 663/2018 do deputado Inácio Loiola (PDT), que está em tramitação em março de 2019, prevê a proibição do “fornecimento de canudinhos aos clientes de hoteis, restaurantes, bares, padarias, conveniências, clubes noturnos, salões de dança e eventos musicais de qualquer espécie”, facultando sua substituição por “canudos de papel reciclável, material comestível ou biodegradável”.
Trata-se de uma mudança de consciência a partir de cada um de nós. Substituir os canudos de plásticos por outros de material reciclável ou biodegradável é um passo importante. Mas essa opção nos leva a um questionamento ainda mais amplo: precisamos mesmo usar canudinhos?