Vida é movimento. E em seu gene, está toda essa perspectiva de mudança, de caminho se formando. Para lá e para cá.
Prova disso é que no dia 26 de fevereiro de 1987, a professora Rosa Malena Vinuto Fittipaldi se deslocou do bairro de Boa Viagem, em Recife, até a maternidade.
O local onde ela iria dar à luz era o Real Hospital Português, no bairro Derby, a 5 km de sua residência, em uma moto Honda com destino à felicidade.
Pilotando a moto, estava o oficial do Exército Brasileiro e pai Cleto Temilton Pinheiro Fittipaldi. Dona Rosa, na garupa. Em sua barriga, o pequeno Cleto Temilton Pinheiro Fittipaldi Filho, prestes a nascer. Era o primeiro da família, que começava a crescer.
Durante a gravidez, Rosa teve pré-eclâmpsia, com pressão arterial elevada. Por conta disso, teve de fazer cesariana. O parto foi um sucesso, mesmo Cleto Filho tendo que ficar na incubadora por 48h.
Eles voltaram para casa, com tranquilidade, e a moto foi vendida para a compra agora de um carro. A família estava maior.
Cleto (o filho) hoje tem 34 anos. Ele é o nosso coordenador de Barragem, aqui do Projeto Serrote, em Craíbas.
Sua infância foi marcada por muito amor e cuidado. Pouco depois de seu nascimento, veio a irmã Priscila Vinuto Fittipaldi — atualmente com 30 anos. Os dois faziam muitas brincadeiras juntos, incluindo atividades esportivas como o judô.
O pequeno Cleto foi se desenvolvendo cada vez mais e criando novas aptidões com a passar do tempo. Na transição da adolescência para a juventude, alistou-se e serviu no Exército Brasileiro, sendo oficial do Centro de Preparação de Oficiais da Reserva (CPOR).
Aos poucos, ele foi se interessando cada vez mais pelo chão, por onde pisava. Começou a olhar para baixo, para então mirar longe no horizonte.
Por isso, fez o curso de Engenharia de Minas pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), tendo especialização em Sistemas Mínero-metalurgicos, com ênfase em Geotecnia pela Vale/Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP).
Desse modo, começou sua andança profissional: morou em Recife e no município de Enseada dos Corais (Pernambuco); Pedra Branca do Amapari (Amapá); Campo Formoso, Medrado e Andorinha (Bahia); Araxá (Minas Gerais); Catalão (Goiás); Cajati e Avaré (São Paulo); Pitinga, em Presidente Figueredo, e Manaus (Amazonas); São Luís (Maranhão); e agora aqui, em Arapiraca, cidade vizinha onde o nosso empreendimento está integrado.
“Desde o Ensino Médio, ele estudava para passar no vestibular em Engenharia de Minas e tinha intenção de trabalhar na área de túneis na mineração. Comenta todas as semanas conosco sobre o trabalho dele na MVV, que é recente. Fala que tem sido a melhor decisão profissional que tomou desde que começou na área em 2011, por estar perto da família e pela qualidade do ambiente de trabalho, além de ter conseguido chegar ao cargo que sonhava, afinal, ele trabalhou duro ao longo dessa década”, revela dona Rosa, que tem 59 anos.
Segundo a mãe, antes de integrar o Time MVV, seu filho era o engenheiro geotécnico responsável pelas 15 barragens da Alcoa, no Maranhão. A conquista do cargo de coordenador de Barragem aqui na MVV é fruto de muita dedicação e trabalho.
Nas horas vagas, Cleto gosta de ouvir música (rock e dance) e de ir ao cinema. “Sempre ia duas vezes por semana. Era o que mais gostava de fazer quando morava em Recife. Toda vez que ele vem nos visitar no final de semana, ele vai. Filmes de ficção científica e aventura são os de sua preferência”, conta a mãe.
Mesmo nos momentos de lazer, ele também realiza leitura de livros técnicos. “Até hoje, ele continua estudando a área dele. Inclusive, eu sei que ele estuda indo e voltando no ônibus da empresa e tenta cumprir a meta de estudar 2h por dia. Fala que quer se tornar consultor na área dele um dia”, revela a dona Rosa.
No âmbito dos esportes, ele fez judô quando pequeno. Hoje, Cleto (o filho) é faixa roxa, Cleto (o pai) é faixa marrom e a sobrinha Paty, azul. Paty é filha de sua irmã Priscila, que não continuou no esporte.
Além disso, Cleto (o filho) também gosta de kung fu e jiu jitsu. “Ele está com o kimono em Arapiraca. Disse para mim que está só esperando passar a crise da COVID-19 para voltar a treinar”, diz a mãe.
Essa sua inclinação para as lutas tem muito a ver com o equilíbrio espiritual — suas lutas internas —que ele busca. Cleto é budista.
Segundo sua mãe, desde novo ele ajudava os amigos com condições de vulnerabilidade social, sobretudo, no período da faculdade.
“Sou voluntária em um abrigo de idosos, em Vitória de Santo Antão, aqui no interior de Pernambuco, e Cleto nos ajuda financeiramente. Na adolescência, ele também era voluntário. Na época, o local era uma comunidade situada às margens de um lixão, abrigando crianças. Cleto antigamente era espírita e se envolvia bastante nessas causas. É um rapaz muito solidário até hoje. Tenho orgulho de ter criado esse ser muito humano. Somos atentos ao próximo e às necessidades das pessoas ao nosso redor e assim, com intenção compassiva, vamos levando a vida”, pontua a dona Rosa — que tem nome de flor e faz, de fato, florescer os caminhos por onde passa.
Outro presente seu recente, não para alguém de fora, mas dentro do seio da família, foi para seu pai, oficial do Exército reformado hoje com 72 anos de idade.
Há pouco, Cleto (o filho) deu simbolicamente ao pai uma moto. Algo muito representativo e que mostra um ciclo se firmando e fechando para outros novos surgirem.
Depois de passar tanto tempo para lá e para cá, a dona Rosa está muito feliz por ver seu primogênito agora perto do Recife, aqui em Alagoas. São poucos os quilômetros que os separam fisicamente. Que o Projeto Serrote renda muitos amanhã para Cleto e toda a família!
Cleto pensa diferente. Cleto faz mais. Cleto é MVV.