Agosto Lilás: palestra especial da Patrulha Maria da Penha para nossas empregadas

19 de agosto de 2022
Por Agência Lúmen
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Estamos todas juntas. Foi esta a mensagem nas entrelinhas a partir de mais uma ação da nossa empresa, enfocando o Agosto Lilás, mês de enfrentamento à violência contra a mulher.

A capitã PM Adriana é a coordenadora da Patrulha Maria da Penha (Foto: Zóio Comunicação)

O Comitê Roda Com Elas realizou, nesta quarta-feira (17), uma nova atividade em que recebemos, aqui no nosso site em Craíbas, a Patrulha Maria da Penha, do 3º Batalhão de Polícia Militar (BPM) de Alagoas.

Desse modo, convidamos todas as empregadas efetivas e terceirizadas da MVV para se reunirem no nosso Refeitório Principal.

Na oportunidade, houve a palestra “Agosto Lilás: mês que a Lei Maria da Penha completa 16 anos”, com a capitã PM Adriana Souza e a soldada PM Nadir Martins, apresentando dados e explanando sobre a atuação da Patrulha na nossa região.

“No final deste mês, no dia 31, a nossa Patrulha fará dois anos de existência. Já realizamos mais de 650 atendimentos a mulheres em situação de violência e efetuamos 40 prisões de homens que desrespeitaram o cumprimento judicial de medida protetiva. Nossa única missão na vida é ajudar quem mais precisa. Estamos atuando hoje em Arapiraca e Craíbas. Contem conosco! Vocês são guerreiras, lutadoras. Não permitam nenhum tipo de violência ou abuso em suas vidas! A violência que tratamos não é apenas a física. Esta é a última. Antes disso, ela [a mulher] já sofreu praticamente todas as outras violências. Só este mês — em pleno Agosto Lilás —, já ocorrem três casos em Alagoas de feminicídio, que é o assassinato de mulheres por simplesmente serem mulheres. Ninguém merece ser morto; e matar alguém por ser mulher é uma covardia. Busquem ajuda. Estaremos sempre por perto”, comenta capitã PM Adriana.

A soldada PM Nadir realizou a palestra especial (Foto: Zóio Comunicação)

Durante o evento, a soldada Nadir contou a história de Maria da Penha Maia Fernandes, que foi vítima de seu marido por diversas vezes. Primeiro sendo atingida por tiro de espingarda — o que a deixou paraplégica. Depois, com descargas elétricas, além de permanecer em cárcere privado forçadamente.

“O processo dela durou mais de 10 anos na Justiça, tramitando, até que fosse resolvido. Esse caso virou emblemático e acabou se transformando na Lei nº 11.340/06, tendo sido enfim publicada em 07/08/2006. Isto é, a farmacêutica Maria da Penha representa todas as mulheres do Brasil que não tem voz, que sofrem ou sofreram, mas não desistem”, pontua a soldada PM Nadir.

A palestrante mostrou quais os tipos de violência existentes (física, psicológica, moral, patrimonial/econômica, sexual e obstétrica) e um fluxograma de como funciona a denúncia a partir de sua execução: a mulher-vítima vai até o delegado, relata seu problema e isso é enviado ao Juizado da Mulher, já com medida protetiva — em 48h, ela já terá cobertura da Patrulha Maria da Penha.

Mulheres unidas: empregadas efetivas e terceirizadas da nossa empresa (Foto: Zóio Comunicação)

O Juizado disponibiliza assistência psicológica a esta mulher e, ainda, cursos profissionalizantes, a fim de que ela não dependa mais financeiramente do agressor (se for o caso) e possa ter independência plena.

A sede da Patrulha Maria da Penha fica dentro do Juizado da Mulher da Comarca, no bairro Santa Edwiges, em Arapiraca. O objetivo dela é, de fato, agilizar os atendimentos, possibilitando a atuação dos policiais quando o juiz titular da unidade concede as medidas protetivas.

Segundo a palestrante soldada PM Nadir, a Lei Maria da Penha é considerada pela Organização das Nações Unidas (ONU) uma das três melhores legislações do mundo.

Com ela assegurada, a Patrulha Maria da Penha atua junto a mulheres em medida protetivas em uma rede que conta com o apoio do Governo do Estado, do Poder Judiciário, do Ministério Público, da Defensoria Pública e da própria Polícia Militar.

Carla Gomes, do Roda Com Elas, reforçou que o comitê é espaço de sonoridade (Foto: Zóio Comunicação)

“Geralmente, as mulheres julgam umas às outras. Precisamos parar de fazer isso! Não sabemos o que a outra está passando. Precisamos ser mais empáticas, pois ali, por trás, há medo, falta de rede de apoio, crença que o agressor possa mudar, dependência econômica e psicológica e, ainda, fatores sociais e culturais como um todo. Precisamos ouvir, apoiar, estender a mão, cuidar, denunciar. E mais: mudar esta nova geração que está chegando, ensinando nossos filhos. Nós, mulheres, nascemos para ser felizes!”, finaliza a palestrante.

Atualmente, a Patrulha trabalha 24h/dia na proteção das vítimas de violência doméstica. Todos os dias, uma viatura caracterizada (na cor lilás) sai às ruas com três PMs para fazer os encaminhamentos e, também, a ronda. Para conferir as redes sociais da Patrulha Maria da Penha, acesse @pmp.3bpm.pmal.

NÃO SE CALE! LIGUE 180.

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