Ela é apaixonada pelo Colorado e leitora voraz de literatura. Quem é?

4 de dezembro de 2020
Por Agência Lúmen
Fernanda-e-Helmuth

Sua paixão pelo Colorado – não o Chapolin – transcende a barreira da lógica. Para se apaixonar de verdade, é preciso dar vazão ao amor pleno, ao fogo sem controle, ao arrepio.

Ele é Flamengo e ela, Internacional desde criancinha (Foto: Arquivo pessoal)

Foi basicamente essa a sensação de Fernanda Sofia Finco Roenick, de 37 anos, quando se deparou com o time Internacional, que atende carinhosamente por “Colorado”. Foi isso também que sentiu quando conheceu seu esposo, o flamenguista de ascendência alemã, Helmuth Roenick.

Ambos são aficionados por futebol, daqueles que acompanham campeonatos ponto a ponto, sejam estudais, nacionais ou continentais. A semelhança entre os times dos dois é o vermelho – a mesma cor da paixão.

“Por aqui, somos fanáticos por futebol! Eu torço para o Internacional e o Helmuth para o Flamengo, mas adoramos mesmo uma boa partida!”, exclama.

Fernanda ao lado do pai, também Colorado, Marco Antônio (Foto: Arquivo pessoal)

A coordenadora de Processo da MVV é natural de Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul (RS). Até chegar em seu Helmuth, ela percorreu um longo caminho desde que nasceu: um ano no Rio Grande-RS; 10 anos em São Paulo; quatro anos novamente no Rio Grande-RS; 10 anos em Porto Alegre; e 9 meses em Pontes e Lacerda-MT. Foi neste ponto que o amor aflorou.

“O Helmuth e eu nos conhecemos em 2008, na Mineração Serra da Borda, Mina São Francisco, situada em Pontes e Lacerda. Ele trabalhava com Planejamento e Controle de Manutenção de Frota e eu começava minha carreira como Engenheira de Minas Trainee. Não foi necessariamente ‘amor à primeira vista’”, brinca Fernanda.

Eles, no começo, não se davam, mas com o tempo se tornaram bons amigos.

Em Paris, ela mostra o apelido dos dois no cadeado: Muth e Fê (Foto: Arquivo pessoal)

“Passávamos a madrugada toda conversando, ouvindo música e contando histórias. Ele me ensinou a ouvir sertanejo. Eu o ensinei a ouvir bandas gaúchas. Depois de alguns meses, estávamos apaixonados. Enfim, estamos juntos desde 19 de dezembro de 2008”, conta.

Depois de encontrá-lo, Fernanda pegou a estrada novamente: de Pontes e Lacerda-MG, ela foi, agora acompanhada, para Conquista d´Oeste-MT morar por três anos; em Belo Horizonte-MG por mais dois; em Paracatu-MG por quase quatro anos; em Florianópolis-SC por mais um; em Campinorte-GO, outro ano; e agora mais um, em Arapiraca-AL, onde está o Projeto Serrote. Ela chegou em Alagoas em janeiro de 2020.

“O Helmuth é meu melhor amigo, meu parceiro. Sempre fomos uma dupla. Um apoia o outro em todas as decisões. E vir para a MVV foi uma delas”, pontua.

Apesar de não se considerar católica, Fernanda casou na Igreja em reverência aos pais (Foto: Arquivo pessoal)

Ele é de Conselheiro Lafaiete-MG. Vem de uma família de mineração. O pai é técnico em mineração e seus dois irmãos seguiram o mesmo caminho. A família toda foi criada no trecho.

Formada em Engenharia de Minas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), ela chegou a fazer mestrado em Tecnologia Mineral, no Programa de Pós Graduação em Engenharia Metalúrgica, Materiais e de Minas pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), tendo morado fora do país durante quarto meses, em Cookeville, no Tennessee, nos EUA. Na oportunidade, ela fez um semestre de Engenharia Civil e Ambiental na Universidade Tecnológica do Tennessee (bolsista CAPES – parceria entre as duas universidades).

Segundo ela, trabalhar com mineração nunca foi um sonho. Aconteceu.

Aqui, estagiando em Candiota, no Rio Grande do Sul (Foto: Arquivo pessoal)

“Ao fazer a minha inscrição para o vestibular de 2001, eu apenas sabia que queria fazer ‘alguma engenharia’. A princípio, tinha escolhido a Engenharia Civil… daí meu irmão mais velho falou: ‘Não, Fernanda! Já tem muito engenheiro civil nesse mundo! Faça algo diferente, inovador!’. Seguindo o seu conselho, fui a uma feira de profissões e me deparei com o estande dos alunos de Engenharia de Minas da UFRGS. Naquele momento, tive certeza de que queria trabalhar no ramo da mineração”, revela.

Fernanda é completamente apaixonada pelo que faz. Dentro do ramo da mineração, o Tratamento de Minério é a área que ela mais gosta (saiba mais aqui).

“Extrair o minério, da melhor forma possível, com o menor custo, com todos os controles de qualidade, atuando junto ao meio ambiente… Enfim, eu estou adorando todos os trabalhos que estão sendo desenvolvidos no Projeto Serrote. Temos uma equipe fantástica, muita empenhada e engajada. O ambiente de trabalho é leve, em sintonia. Todos se ajudam muito”, comenta a coordenadora de Processo.

Frederico fazendo fofura (Foto: Arquivo pessoal)

Desse amor dela pela vida, pela mineração e pelo esposo, surgiu a sua pedra mais valiosa: o pequeno Frederico, de três aninhos de idade. “Quando chego em casa, a gente vai para farra. Das 18h até às 20h é pura alegria. Sempre com brincadeiras que envolvem caminhões, pás, muita areia e bagunça. O Frederico é fascinado por caminhões e equipamentos de carregamento… A mineração está na veia”, revela Fernanda, sorrindo.

Depois, eles se juntam a Helmuth e os três jantam. “Na sequência, fazemos os deveres da escolinha. Normalmente, envolve pintura com tinta e colagem”, conta ela.

Quando o pequeno dá trégua, ela corre para os livros. “Eu gosto muito de ler. Livros históricos, ficção, suspense e romance. Meus livros preferidos são da série ‘O Tempo e o Vento’, de Érico Veríssimo, e a trilogia ‘O Século’, de Ken Follett”, diz Fernanda.

A literatura é sempre uma grande aliada de Fernanda (Foto: Reprodução)

Em se tratando de música, ela curte estilos variados. “Quando estou sozinha, ouço muito hip hop, rap, soul, indie, blues e folk. Nina Simone e Lauryn Hill são minhas cantoras favoritas”, revela.

E continua: “Já o cinema… há anos que não vou ao cinema! Gostava muito quando era mais jovem. Depois da Netflix, confesso que tenho preferido as séries. Sou viciada! A última que assisti foi “Away”, ficção sobre um primeiro grupo de astronautas a pisar em Marte”.

No que se refere a exercícios físicos, sempre com seu bom humor característico, Fernanda solta: “Eu fiz natação durante toda a vida. Parei há alguns anos. No momento, sigo o ‘crossfilho’, apenas correndo atrás do Frederico”. Ela fala sobre isso às risadas, fazendo alusão ao crossfit.

Frederico já dá traços de que caminho irá seguir (Foto: Arquivo pessoal)

Muito de sua educação e índole se deve aos pais, hoje divorciados. Sua mãe, Leila Loah, é professora aposentada e reside em Porto Alegre. “Como boa professora que é, ela sempre foi muito rígida com os estudos. Devo a ela todos os anos de CDF”, brinca, mais uma vez, Fernanda.

O pai dela, Marco Antônio Finco, é militar reformado da Marinha do Brasil e mora em Florianópolis. “Devo a ele o entendimento da disciplina necessária para se viver em uma sociedade hierárquica”, pontua.

Fernanda tem, ainda, dois irmãos mais velhos: Marcus Vinícius, que mora no Rio de Janeiro – aquele mesmo que a orientou a buscar algo inovador como profissão – e César Augusto, que reside em Porto Alegre.

Fernanda e a mãe, a querida professora Leila (Foto: Arquivo pessoal)

“Como toda boa família italiana, fui criada na Igreja Católica. No entanto, assim que comecei a fazer as primeiras aulas da Primeira Eucaristia, muitas dúvidas surgiram. E, infelizmente, elas não foram totalmente sanadas pelos professores de Religião. Desde então, tenho seguido um caminho espiritual pautado na autorreflexão, no equilíbrio da alma e no amor ao próximo”, conclui.

Ela é uma pessoa muito honesta, como dá para ver – ou melhor, ler. “Dou muito valor à confiança dentro de um relacionamento, seja ele familiar, social ou profissional”. Por isso que confiamos em você. Sabemos de sua paixão.

Fernanda pensa diferente. Fernanda faz mais. Fernanda é MVV.

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