No dia 28 de março, muitos eventos importantes aconteceram ao redor do globo: no ano 193 d.C., o imperador romano Pertinax foi assassinado por guardas; em 1431, foi realizada a leitura dos artigos de acusação de Joana d’Arc; em 1802, o astrônomo Heinrich Olbers descobriu o asteroide “2 Palas”; em 1868, nasceu o escritor russo Máximo Gorki; em 1910, Henri Fabre foi o primeiro homem a pilotar um hidroavião; em 1941, morreu a escritora britânica Virginia Woolf; em 1944, a Polícia Federal é criada no Brasil; em 1964, o single “Can’t Buy Me Love”, dos Beatles, entrou para o Billboard Hot 100; e em 2006, Marcos Pontes se tornou o primeiro brasileiro a viajar para o cosmos.
Além dessas datas documentadas nos anais da História, houve mais um nascimento. Este mudou a vida do seu Josemir e da dona Gersília: o de André Ricardo da Silva Fahel, em 1969.
O motorista, que já não está mais entre nós, e a funcionária pública, de 80 anos, tiveram o pequeno André em Salvador, capital baiana — Gersília ainda mora por lá, sendo cuidado pelo irmão mais novo de André, que e médico.
O garoto soteropolitano parece que leu e absorveu o mundo, hoje homem com seus 51 anos de idade: morou na Bahia, no Maranhão, no Rio de Janeiro, em São Paulo, no Paraná, em Brasília e agora Alagoas, mas foi em Santa Catarina que ele encontrou o amor. Casou-se por lá mesmo.
De lá para cá, nasceram Catharina Costa Fahel, de 24 anos (do primeiro casório), e Henrique Maurício Pereira Fahel, 17, este último com sua esposa Araly Cristina. São essas as suas maiores joias dessas andanças.
Afora estes locais, ele também foi para fora do país a trabalho: no Peru, cidade de Lima, quando atuou como geotécnico na Antamina e também na Bolívia, próximo à cidade de Tarija, como geotécnico de rodovias.
André Fahel é o engenheiro geotécnico sênior da MVV. “Eu sempre busquei conhecer as diferentes áreas da Geotecnia. A mineração é uma delas, a qual já me dedico há mais de 15 anos. Antes de vir para o Projeto Serrote, eu trabalhava como projetista e consultor independente, baseado em Santa Catarina”, diz.
Ele é formado em duas universidades: bacharel em Geologia na Universidade Federal da Bahia (UFBA) e engenheiro civil pela Universidade de Brasília (UnB), onde fez mestrado em Engenharia Civil com foco em Geotecnia e PhD também em Engenharia Civil com foco em Geotecnia.
A especialização dele em Geotecnia é na área de geossintéticos. André tem dois prêmios nacionais e um internacional por trabalhos de pesquisa na área de mecânica dos solos e geossintéticos: Prêmio Icarahy da Silveira – melhor dissertação de mestrado de 1996 a 1998 – Brasil; Prêmio IGS – Brasil (International Geossinthetic Society) – melhor trabalho de pesquisa em geossintéticos – Brasil de 1998 a 2000; e Prêmio IGS – International – melhor tese de doutorado de 2000 a 2001. Sobre este último, André fez o doutoramento falando sobre a análise do comportamento de cabeceira de pontes e viadutos, reforçadas com geogrelhas sobre solo de baixa capacidade de suporte.
“Tenho amor pelo que faço! O meu ofício na MVV não é diferente do que desenvolvi até hoje na Geotecnia, então é tudo o que sempre gostei de fazer. Há um bom ambiente de trabalho aqui. Os profissionais se respeitam e buscam apresentar sempre o melhor de si”, comenta.
Como hobbies, André tem a prática da musculação e da arte marcial. Na música, cresceu ouvindo Ray Charles e Elvis e gosta também de Bee Gees, Sinatra, Queen e Led Zeppelin (mais uma curiosa coincidência é que a banda lançou o seu quinto álbum, o “Houses of The Holy”, no dia do aniversário de 4 anos de André), além de música brasileira dos anos 1980. “Minha esposa tem grande carga de influência nisso tudo”, ri André.
Ele igualmente é fã de filmes de ficção científica. Para citar alguns de sua preferência, estão: 2001 – uma odisseia no espaço; Planeta dos Macacos; Star Trek (“É o meu preferido!”); A Guerra dos Mundos; Independence Day; Star Wars; Contatos Imediatos do 3º Grau; A Chegada; Intruders; e Substitutos (“Um filme para se pensar no que está acontecendo hoje, guardadas as devidas proporções, claro!”).
Afora a paixão pela ficção, ele adora assuntos que remetam ao passado, à História. Acredita que algumas respostas estão escondidas lá atrás para as perguntas que ainda fazemos hoje.
“Gosto muito da História da Antiguidade. Se eu tivesse tempo, certamente estaria fazendo um curso de História ou Filosofia. Sem dúvida, há muitas respostas em escritos do passado, que não encontramos mais nas bibliotecas atuais. Sempre buscamos algo! Quando pelos motivos certos, isso sempre nos leva ao crescimento como pessoa”, diz.
Isso lhe fez olhar realmente para trás. André Fahel é neto de libaneses, vindo ao Brasil fugindo da perseguição religiosa. É que seus avós paternos eram cristãos e o país, em sua maioria, mulçumano. Chegando aqui, mudaram os nomes para Miguel e Maria José Fahel — os avós maternos Cesário e Valdevina Bello eram brasileiros mesmo, descendentes de italianos com portugueses e espanhóis.
‘Não sou religioso, destes que frequentam igrejas. Acredito em Deus, faço minhas orações, procuro andar em um caminho correto e justo, respeitando todas as crenças e diferenças. Eu diria que creio no ‘Deus de Spinoza'”, relata o geotécnico da MVV. Isto é, Deus para André é o tudo e o nada. Nada existe fora Dele, sendo Ele todas as coisas do mundo, ao mesmo tempo.
E completa: “Eu gosto de viver, conviver com a minha família e pensar que, de alguma maneira, podemos ajudar alguém com o mínimo que seja — desde um prato de comida a um simples gesto humanista. Isso me motiva a seguir andando no mundo”. Então, rezemos por mais dias 28 de março em sua vida.
André pensa diferente. André faz mais. André é MVV.