Filho da dona Norma e do seu Leôncio (in memorian), ele nasceu no quinto dia de fevereiro de 1969 na cidade de Marília, interior de São Paulo. O único homem entre os nascidos do casal.
Ainda bem novo, mudou-se com os pais aos quatro aninhos de idade para Goiânia. Suas duas irmãs, Ana Paula e Heloísa, nasceram na capital goiana.
Foi lá que Kleber Borgo de Brito, hoje com 51, tornou-se torcedor do Goiás. “Nesse ponto é que começou a paixão pelo time do coração dele. É torcedor fervoroso mesmo!”, releva a esposa Ducilene Ramos de Almeida Brito, que é professora e Relações Públicas e tem 52 anos.
Isso criou em Kleber um senso de equipe muito grande, de ajuda mútua — algo que pode ser visto nos times que ele coordena ou supervisiona, sendo não apenas “chefe”, mas um “líder” que segue e encara junto os desafios.
VIDA AFORA
Ele viveu em diversos cantos do Brasil: São Paulo, Pará, Goiás, Bahia, Minas Gerais, Sergipe e agora Alagoas.
Antes de falar sobre isso, é preciso pontuar que Kleber estudou bastante durante o percurso: fez curso técnico de Mineração pela antiga Escola Técnica Federal de Goiás (hoje Instituto Federal de Goiás – IFG); graduação em Engenharia Civil na Universidade Federal de Sergipe (UFS); MBA em Gestão Empreendedora pela Fundação Getúlio Vargas (FGV); MBA em Gestão Empresarial pela Fundação Dom Cabral (FDC); especialização em Engenharia de Recursos Minerais – Tratamento de Minério de Ferro pela Universidade Federal de Minas Gerais; e pós-graduação em Estrutura de Concreto Armado e Fundações no Instituto Brasileiro de Educação Continuada (INBEC).
Sua trajetória em mineração começou, na verdade, aos 16 anos quando conseguiu um estágio na Vale do Rio Doce, em Canaã dos Carajás no Pará.
Essa importante etapa de sua vida foi interrompida para que ele voltasse para Goiânia, a fim de se alistar no Exército Brasileiro após convocação.
Apresentando-se e sendo liberado, foi trabalhar na empresa MIP Engenharia. Como terceirizado, ele acabou indo atuar na Vale do Rio Doce em um projeto de ouro no município de Teofilândia, na Bahia.
Meses depois, por conta do bom desempenho, foi contratado para trabalhar na Vale em definitivo. Era dezembro de 1988. Ele começou como técnico de turno. Em 1990, Kleber foi transferido para a Fazenda Maria Preta, na cidade de Santaluz-BA, também com extração de ouro.
Na oportunidade, ele foi supervisor de Tratamento de Minérios. E foi aí que se iniciou a sua linda história com Ducilene.
Após sua folga, em abril daquele ano, ele contatou a sede da empresa por telefone. O DDD era o 75, da Bahia. Do outro lado da linha estava ela.
“Eu já atuava por lá no setor de Serviços Gerais, especificamente, verificando a área de hospedagem. Quando ele ligou, eu atendi. Kleber queria saber informações sobre a passagem dele de volta. Ele estava passando férias em Goiânia. Bem, eu fiz todos os procedimentos necessários e esse foi nosso primeiro contato. Depois, ele perguntou ao gerente dele quem seria a ‘menina da voz linda’ que o atendeu. Foi quando tudo começou”, conta Ducilene.
Bastaram dois meses para eles se conhecerem e já começarem a namorar. A data: 2 de junho de 1990.
“Como nem tudo são flores, dois anos depois, Kleber foi transferido para Aracaju. O sonho dele era fazer o Ensino Superior. Então, lá ele entrou para o curso de Administração. Ele fez apenas um período. Depois fez novo vestibular e passou em Engenharia Civil na Universidade Federal de Sergipe”, diz.
Em 1993, foi então a vez de Ducilene. Ela conseguiu uma transferência para a capital sergipana. Nesse meio tempo, o casal continuou junto, fazendo viagens e ligações para manter o amor aceso.
“Toda folga que ele tinha, ele ia de moto me ver em Santaluz”, lembra Ducilene, ainda encantada.
VIDA ADENTRO
Um ano depois, mais precisamente em 12 de março de 1994, os dois se casaram. Em miúdos, somando os quatro anos de namoro mais os 26 de casados, eles estão juntos há três décadas, motivo para se comemorar bastante.
“Kleber é um pai excelente, sempre prestativo e atencioso aos filhos. Amoroso. Pessoa muito caridosa! Ele e eu fazemos parte de um projeto de ação solidária há mais de 15 anos, criado pelo meu cunhado Antônio, onde distribuímos presentes para comunidades carentes da minha terra natal Santaluz, no interior baiano, onde nos conhecemos. Todos os anos, vamos para lá levar alegria para a criançada! O que o deixa mais realizado é ajudar ao próximo. Kleber está sempre envolvido com ONGs do segmento. É muito lindo! É uma das coisas que mais admiro nele, esse espírito caridoso”, comenta a esposa-companheira de sempre.
Juntos, eles têm dois filhos: a psicóloga Kamila, de 26 anos, e o estudante de Engenharia de Materiais pela UFS e do curso técnico de Eletromecânica pelo Senai/SE, Vitor, de 21.
“Meu marido é um cara muito família! Somos todos muito unidos! Amamos nos encontrar com toda a família, sobretudo, nas datas comemorativas. Ele gosta de estar junto sempre que pode. Moramos em Aracaju. E a MVV na nossa vida foi uma bênção, porque o Projeto Serrote fica a apenas 180 km daqui, então, todo final de semana ele está conosco. Comigo e com os filhos! É maravilhoso! Muito diferente de quando ele esteve, por exemplo, na Yamana Gold, quando morou de 2015 a 2017 em Goiás, longe da gente. Na MVV, ele hoje é coordenador de Operações do Projeto Serrote. Ama o que faz e está super feliz! Ele não vive sem mineração! Está sempre se atualizando e lendo livros técnicos da área”, conta Ducilene.
Nas horas vagas, Kleber gosta de assistir a campeonatos de futebol (claro, aqueles que seu time do peito, o Goiás, está jogando), de fazer caminhada e de jogar tênis, seu esporte predileto. Além disso, adora conhecer lugares diferentes e de viajar.
Agora ele pretende fazer acontecer no Projeto Serrote e ficar cada vez mais perto dos seus. Fez o certo: trocou o ouro pelo cobre. Muito futuro pela frente.
Kleber pensa diferente. Kleber faz mais. Kleber é MVV.