Ela possui um quê de flâneur, de caminhante, de desbravadora, de observadora das coisas e do mundo. Sua vida parece cena de cinema francês — coisa que ela muito preza.
De Godard aos diretores mais recentes que figuram em festivais como o Varilux, qualquer um poderia roteirizar e comandar a câmera indo de encontro ao seu expressivo rosto e trejeitos que remetem à Amélie Poulain.
Estamos falando dela, a nova advogada da Mineração Vale Verde (MVV), Giovanna Vasco Teixeira, homenageada desta edição do MVV News.
A paulista de Caçapava-SP já morou no Rio de Janeiro (coincidentemente, ela carrega paixão pelo clube de futebol que está em seu sobrenome, o Vasco), no Maranhão e até na Espanha (onde fez estágio em uma multinacional) e nos EUA. Agora, reside em Arapiraca, atuando no Projeto Serrote.
“Nunca imaginei trabalhar em mineração, sendo muito sincera! Mas estou adorando a experiência! Sempre gostei da área de meio ambiente. Pensava em trabalhar em multinacionais, mas nunca foi uma ‘meta de vida’. Que bom que ela nos surpreende com oportunidades que nos engrandecem!”, diz Giovanna, mais uma vez provando ser uma caminhante, sempre se encantando com o caminho que naturalmente brota.
Segundo ela, está tudo sendo um grande aprendizado que demanda inúmeros desafios, tirando-a constantemente da zona de conforto, das coisas com as quais era acostumada a trabalhar.
“O ambiente aqui na MVV é extremamente acolhedor! Cheio de profissionais que agregam ao meu trabalho e estão em constante troca e colaboração para que tudo dê certo!”, exclama.
Formada em Direito pelo Centro Universitário Cesmac, em Maceió, ela possui duas especializações: uma em “Direito do Trabalho e Processo do Trabalho” e outra em “Direito Ambiental e Urbanístico”. Além disso, é mestranda em “Tecnologias Ambientais” pelo Instituto Federal de Alagoas (Ifal) campus Marechal Deodoro.
“Não me vejo em outra profissão”, diz ela. Quando escolheu fazer Direito, Giovanna não tinha certeza que era realmente isso que queria para o resto de sua vida. “Até eu estagiar na área”, completa.
Ali, naquele instante decisivo, teve ciência que fez a escolha da qual jamais se arrependeria.
AÇÃO!
Antes de integrar o time MVV, ela passou dois anos na Prefeitura de Arapiraca. Seu último cargo foi de coordenadora técnica jurídica da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente, lotada na Superintendência de Meio Ambiente.
Antes disso, o aspecto flâneur uma vez mais: Giovanna foi professora universitária na Faculdade Regional da Bahia – UNIRB, na disciplina Direito do Trabalho e Responsabilidade Socioambiental. Também já deu aula no Pronatec e Mulheres Mil, este último um programa do Governo Federal de conhecimento técnico para pessoas carentes. Aqui ela levava aos alunos e alunas o contexto jurídico na área trabalhista, ambiental e direito das mulheres.
Trabalhou ainda em escritórios jurídicos em Maceió. Também foi coordenadora jurídica do Instituto de Meio Ambiente do Estado de Alagoas (IMA-AL). Em Penedo-AL, foi professora da Faculdade Raimundo Marinho. Antes de começar a estagiar, deu aula de Língua Inglesa para crianças na FunKids. De tudo um pouco.
Quando da sua estadia na região Norte, atuou no Instituto Estadual de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (IEMA), na cidade de Bacabeira-MA, dando aulas de Introdução ao Direito para os alunos do Curso Técnico em Administração.
Outro ponto importante de sua carreira foi que, vindo novamente para Alagoas, ela integrou a presidência e vice-presidência da Comissão Especial de Bem-Estar Animal da Ordem dos Advogados do Brasil de Alagoas (OAB/AL) seccional Arapiraca, ajudando sempre ONGs que trabalhassem diretamente com a causa animal.
Ela, inclusive, é tutora de dois pets: os cachorros Tuca e Zeca — este aqui tem guarda compartilhada com sua avó e mora em Maceió. Tuca é vira-lata, adotado em Arapiraca mesmo.
ENSAIANDO
Nesta quarentena e tempos de distanciamento social, ela tem cada vez mais se aprimorado na cozinha e em seu jardim — Giovanna possui um quintal de cactos e é simplesmente apaixonada pelo universo das plantas.
Eclética, ela ouve desde o funk de Naldo até a surf music de Jack Johnson, desde a alagoanidade de Wado até a baianidade de Caetano Veloso, desde a doçura de Anavitória até o corte seco dos Los Hermanos. Na sua lista de bandas musicais para cozinhar e relaxar estão igualmente Chico Buarque, NOFX, Fino Coletivo, Beatles, Silva, O Grande Encontro, Trio de Ases e Marcelo Camelo. “Sempre que posso estou em festivais de música, como os da Popfuzz”, comenta.
Na telinha (ou melhor, telona), gosta de ver cinema francês, islandês e filandês, além dos filmes hollywoodianos.
“Amo ir ao cinema! Ver os clássicos, assistir ao Festival Varilux, sentar e apreciar os obras do Cine Sesi e ir para festivais de cinema que às vezes acontecem em Maceió, como o Festival Sururu”, revela.
Entre seus livros preferidos estão as séries Crônicas de Nárnia e Harry Potter. Atualmente está lendo Maya Angelou, Yuval Noah Harari, Clarissa Pinkola Estés e Adriana Negreiros.
Filha da professora e turismóloga Valéria e do engenheiro eletricista Alan e irmã das adoráveis Aline e Isabela, Giovanna adora viajar. “Nem parece, mas amo praia! Amo estar nesse lugar!”, pontua.
A seu lado, sempre está junto o seu esposo, o biólogo Dimitri Vilhena. Os dois se conheceram na internet, em chats de conversa.
“Iniciamos uma paquera, mas não ‘engatou’. Em 2006, retomamos contato. Aí nos aproximamos e ficamos muito próximos. Enfim, nossos relacionamentos terminaram na mesma época, em 2011. E aí a gente saía juntos, como amigos… dois anos depois disso, rolou nosso romance. Era 2014. Começamos a namorar. Dois anos depois, 2016, fomos morar juntos no Maranhão e oficializamos a nossa união. Em 2017, ele passou no concurso da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e, então, começamos a morar em Arapiraca em setembro do mesmo ano. Estamos aqui desde então, buscando a leveza nas coisas e imaginando que ainda falta um tanto para a gente conhecer”, diz.
Visto a sua capacidade de estar sempre em movimento, Giovanna garante deixar seu ímpeto andante para se fixar de vez entre Arapiraca e Craíbas, no afloramento de um amanhã que se anuncia com aqueles finais felizes de cinema que não são clichês, com um lusco-fusco cor de cobre.
Giovanna pensa diferente. Giovanna faz mais. Giovanna é MVV.