Desde a Revolução Francesa, o marco inicial da chamada Idade Contemporânea, o planeta vinha numa exponencial crescente em muitos sentidos.
Tendo como base o lema de sotaque francês “Igualdade, Liberdade e Fraternidade”, a Terra foi se moldando num ambiente mais democrático, mais humano.
Até um novo ciclo de desvirtudes surgir e os ânimos se acirrarem: o estopim foi a Primeira Guerra Mundial, que começou na metade da segunda década do século 20.
Onde antes os ideais iluministas deram fôlego à humanidade, a Europa era agora tomada pelo terror.
Foi diante desse cenário cheio de incertezas e trincheiras dentro do campo aberto da razão que o alemão Alexandre André Cocovick e a italiana Maria Marim Fortunata fugiram para os trópicos abaixo da linha do Equador.
Chegando em terras brasileiras, eles se conheceram, se apaixonaram e se estabeleceram, formando a base da família materna de Renata Cocovick Cheloni, que é engenheira de processos do Projeto Serrote na Mineração Vale Verde (MVV), situada entre as cidade de Arapiraca e Craíbas, em Alagoas.
Renata nasceu em um contexto totalmente distinto daquele que seus bisavós presenciaram no Velho Mundo.
Veio à luz em 16 de janeiro de 1993 na mansidão da cidade mineira de Ponte Nova, primogênita do casal de comerciantes Andreia Angelo Cocovick Cheloni e Ildeu Cheloni — respectiva e coincidentemente, com sobrenomes alemão e italiano.
Assim que nasceu, ela foi para Contagem-MG. Teve uma infância feliz ao lado do irmão Gabriel, hoje com 19 anos, e Bruna, hoje com 13, brincando sempre almejando alcançar os horizontes que estavam além de Minas.
Entrou, pois, para a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) no curso de Engenharia de Minas e logo conseguiu ir estudar na França, em 2015, quase que 100 anos depois da eclosão daquela Primeira Grande Guerra que afastou seus bisavós maternos de suas raízes.
Fechou-se assim um ciclo metafórico, onde a luz de Renata prevaleceu na terra da Cidade Luz, tendo ela um belo futuro ao seu dispor.
Residiu, então, na França e cursou na École Nationale Supériere de Géologie (ENSG) de Nancy, por meio do programa da UFMG de Cooperação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes)/Brafitec – “Projeto de Cooperação Franco-Brasileiro de Duplo Diploma”.
“Renata foi a primeira da UFMG a conseguir concluir o curso com duplo diploma, o que é motivo de muito orgulho para nós até hoje”, diz a mãe Andreia Cocovick.
E revela: “Ela entrou no curso de francês na própria universidade, quando começou seu percurso acadêmico. Sempre achou a língua bonita! Enfim, Renata aprendeu rapidamente, conseguiu a vaga pelo programa e foi ‘com a cara, a coragem’ e a fé de poder seguir uma carreira promissora. E hoje está onde está, na MVV, lugar que já nos confidenciou gostar bastante de trabalhar!”.
Por lá, em território francês, a hoje engenheira de processos da MVV viveu sozinha por dois anos, onde ainda se especializou como Master em Tratamento de Minérios pela Université de Lorraine.
Dessa forma, aproveitou para conhecer vários países em redor ampliando seus horizontes culturais visitando a Alemanha, Itália, República Tcheca, Áustria, Hungria, Bélgica, Suíça, Luxemburgo, Vaticano, Holanda, Mônaco, Inglaterra, Escócia, Irlanda, Portugal e Espanha.
No Brasil, estagiou nas empresas multinacionais Vale, em Nova Lima-MG, e na NX Gold, em Nova Xavantina-MT. Na França, estagiou no centro de pesquisa da universidade e na ArcelorMittal.
“Minha relação com ela é muito linda! Somos amigas e confidentes — contamos tudo uma para a outra! Ela é muito amorosa, companheira, preocupada, atenciosa, alegre e brincalhona. Como pessoa, ela é muito prestativa, sistemática e muito certa com as coisas, procurando sempre fazer o melhor. Renata não gosta de errar, mas aprende com os erros; está sempre atrás de aprender algo novo e busca ajudar as pessoas quando é possível”, ressalta a mãe.
Ainda segundo Andreia, o que mais traz motivação para sua filha continuar em frente é ter o reconhecimento na profissão que tanto ama e estar rodeada de pessoas adoráveis e inteligentes.
Além disso, Renata também ama ouvir música (sobretudo, MPB), ir ao cinema e curtir séries (ela é amante de “Friends”) e fazer yoga.
Esta última prática oriental, que é milenar, lhe mantém sã e firme para enfrentar os desafios que vierem na vida pessoal e profissional, abrindo pelos poros a clara luz que ela já possui dentro de si. Seja na Europa, seja no interior de Alagoas.
Renata pensa diferente. Renata faz mais. Renata é MVV.