Eles entraram na história da Humanidade para um fim: nos proteger dos ratos. Quando o homem e a mulher saíram das cavernas para as cabanas, a agricultura veio junto. E com ela, as pragas. Daí os camundongos.
Para amenizar essa sofrível adaptação, os humanos começaram a introduzir em seus lares os bichanos — à época eles estavam mais para “minitigres”. Eram os Felis silvestris, o famoso gato selvagem.
Com a domesticação desses felinos há milhares de anos, o instinto do pequeno predador ainda se mantém até hoje. Além do senso de singela proteção que trazem, os gatos também são ótimos acompanhantes.
É no que acredita piamente a Alessandra Priscila Santos, de 35 anos, técnica de despacho no departamento da mina do Projeto Serrote, na Mineração Vale Verde (MVV), zona rural de Alagoas.
Ela ama gatos. Possui logo quatro: Ágatha, Elis, Regina e Antônio José, este último o caçula.
Todos eles ficaram em sua cidade natal Nova Lima, interior de Minas Gerais, aos cuidados de seu pai José Antônio, mecânico aposentado, e sua mãe Maria da Conceição, dona de casa.
Diariamente, ela faz ligações de vídeo para os parentes para contar as novidades e como foi o dia. Assim, aproveita ainda para falar e ver os bichanos. Aproveita para matar a saudade.
Muito em breve, Alessandra deve trazê-los para Arapiraca, onde mora agora por conta da implantação do Projeto Serrote.
Segundo sua irmã Márcia, assim como os gatos têm a característica de serem independentes, ela também o é.
“Alessandra trabalhou com atendimento ao público e sempre se deu muito bem, pois é uma pessoa muito inteligente e comunicativa. Desde cedo, decidiu sair de casa e morar sozinha. Quis viver seus sonhos com muita determinação, chegando a residir em outras cidades, longe da família. Morou até no Chile, trabalhando por meio de uma mineradora lá. Ela sempre deu conta do recado”, diz a irmã mais velha.
Além de Márcia e Alessandra, há outras duas que completam a fraternidade da família Santos: Luciana e Karol.
“Ela é uma pessoa muito sincera, carinhosa, engraçada e corajosa. Nossa relação é muito boa: Alessandra é, inclusive, madrinha de minha filha Alice, que hoje tem dois anos de idade”, revela Márcia.
Hoje quem ajuda a tomar conta dos gatinhos é justamente Alice, dando atenção e carinho para todos eles, na eventual ausência da “mãe” Alessandra. Uma fofura!
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A mineira trata os bichanos como filhos e, inclusive, ajuda financeiramente instituições e organizações não governamentais de animais.
Desde pequenas, as irmãs tiveram acessos a pets, sobretudo, cachorros. Os gatos foram uma paixão que amadureceu com o tempo.
UMA MINEIRA NA MINA
“Ela sempre gostou de trabalhar na área de mineração e sonha em crescer muito mais. Não à toa é formada no curso Técnico em Mineração e agora está fazendo faculdade de Engenharia de Mina”, conta a irmã, toda orgulhosa das conquistas da outra.
Alessandra já passou por empresas como a Vale, no Pará, com o Projeto Onça Puma; a Mineração Morro do Ipê, em Igarapé-MG; e a AngloGold Ashanti Brasil, em Sabará-MG.
“Ela adora trabalhar nesse ramo e ama o que faz. Diz que está adorando este novo emprego na MVV e está aprendendo muito com os novos desafios que surgem todo dia”, pontua Márcia.
E finaliza: “Ela merece esta homenagem que vocês estão fazendo, pois é uma pessoa determinada, responsável, realista e comprometida com suas demandas, além de muito carinhosa e encorajadora sempre sempre a gente precisa. Eu a amo e a admiro muito!”.
Apesar de independente, a técnica de despacho de mina da MVV sempre se volta para a família e para os bichinhos de estimação. É lá onde mora realmente seu coração.
Alessandra pensa diferente. Alessandra faz mais. Alessandra é MVV.