Esse ainda é um dos grandes tabus que enfrentamos. Daí a necessidade de dialogar sobre o tema: este ano, a campanha nacional Janeiro Branco vem com a máxima “Precisamos Falar Sobre Saúde Mental”.
No último dia 15, a Mineração Vale Verde (MVV) realizou no Diálogo Diário de Segurança (DDS) um bate-papo justamente sobre o assunto.
Ele foi conduzido pelo setor de Recursos Humanos (RH) da MVV, por meio da psicóloga e analista de RH, Fabiane Ferreira.
De acordo com ela, em 2014, este mês foi escolhido por psicólogos mineiros para o debate sobre saúde mental por ser o da “virada de ano”, onde novas expectativas são colocadas à mesa e avaliações do que já passou também.
Fabiane Ferreira salientou que esse tema merece ganhar espaço para ampliar a conscientização, pois, ainda por desconhecimento, muitos sentem desconforto em buscar ajuda.
“Muita gente acredita que apenas precisa cuidar da saúde mental em casos extremos. É evidente que precisamos de acompanhamento especializado quando ‘desgovernamos’ a nossa mente, mas é saudável trabalhar isso dentro de nós, todos os dias, para que não cheguemos ao ponto crítico. Precisamos conversar sobre isso”, pontua a especialista.
Em paralelo a isso, cada vez mais, as pessoas têm buscado a si mesmas, praticando yoga, meditação e terapias convencionais e integrativas com o objetivo de encontrar o melhor jeito de operar e viver a própria vida.
“Vivemos num mundo em que tudo é urgente, num ritmo frenético de prazos e entregas. Além disso, o fenômeno mídias/redes sociais, por exemplo, toma grande parte do nosso tempo, uma vez que, pela busca em seguir padrões midiáticos que muitas vezes não correspondem à realidade, pode gerar uma grande sensação de frustração no indivíduo. Não à toa, em pesquisa realizada pela Organização Mundial de Saúde (SMS), o Brasil foi apontado como o 11° país no mundo com mais pessoas em quadros de ansiedade”, pontua a psicóloga Fabiane Ferreira.
De maneira geral, somam-se a isso o estresse no trabalho, a solidão, a maternidade, os projetos futuros, dores e ausências, preconceitos e violência, o alcoolismo, a existência.
“Devemos entender que não somos só o lado profissional. As demais esferas que compõem a vida importam muito (amizades, família etc). Somos seres holísticos, isto é, nós buscamos entender os fenômenos ao nosso redor por completo, tendo — ou buscando desenvolver — a compreensão de que nada está separado. Portanto, a busca pela nossa reconexão se faz necessária. Isso é autocompaixão. Isso é autocuidado!”, conclui.
Por isso é preciso conversar, buscar apoio quando necessário, ouvir o que o nosso próprio corpo tem a dizer. É preciso encontrar o equilíbrio em meio ao dinamismo da vida.
E, aos poucos, isso vem ganhando forma. A campanha Janeiro Branco é recente no Brasil. Para saber mais, acesse janeirobranco.com.br.