Quem faz yoga, dança flamenco e ainda tem um filho candidato a astronauta?

16 de janeiro de 2020
Por Agência Lúmen
DEBORAH(0)

O caminho interior é acessível a todos e todas. Independentemente de credo, cor e orientação sexual. Basta olhar, voltar-se para si de maneira profunda.

A família toda reunida em viagem para Orlando, nos EUA (Foto: Arquivo Pessoal)

E a mineira Deborah Dias Rodrigues, de 34 anos, segue buscando esse autoconhecimento por meio de uma dessas trilhas: a yoga, um sistema filosófico oriental que lida com o âmbito físico e mental.

Ela, que trabalha na Mineração Vale Verde (MVV) como analista de riscos sênior, participa de grupos para praticar a yoga e levar os conceitos aplicados para o dia a dia.

Além disso, também faz meditação em casa, tendo certa ligação com o Budismo.

“Deborah é muito espiritualizada! Acredita na presença e no poder de Jesus Cristo. É devota de Santa Terezinha das Rosas e já alcançou uma grande graça por intercessão dela. E ainda simpatiza pelos ensinamentos de Buda, que já vem estudando há algum tempo”, revela a mãe Márcia Protzner, de 64 anos.

Amante de literatura, está lendo agora a obra “O Propósito”, do mestre brasileiro Sri Prem Baba.

Flamenco: Deborah (no meio) fazendo uma das coisas que mais ama (Foto: Arquivo Pessoal)

DANCE, DANCE, DANCE

Assim como a yoga possibilita conhecermos o nosso corpo e as limitações dele, a dança também requer um grau de conhecimento pleno dos movimentos que estão sendo executados enquanto a música dá o seu tom.

Deborah exercita isso também com a dança de música flamenca — ela já participou de dois festivais do segmento em Minas Gerais.

A batida espanhola do flamenco é motivo de muita alegria para ela, que segue firme fazendo aulas e melhorando cada dia mais.

Segundo sua mãe, ela tem certa facilidade por ter feito ballet por 10 anos na infância — sem falar que também estudou piano. A vida dela é envolta pela música e o rodopiar dos sons vindos disso.

RUMO ÀS ESTRELAS

Conforme a música é que vamos levando a nossa vida. E a de Deborah deu um salto quando Lorenzo apareceu há sete anos.

Lorenzo já está de capacete e tudo, pronto para decolar (Foto: Arquivo Pessoal)

Ele é seu único filho e o tal propósito que ela tanto procura em seu livro de cabeceira. Deborah sabe disso e sempre agradece imensamente pela família que tem.

Além dela, há o pai Roberto Rodrigues e a irmã Karina, que tem 42 anos, quase 10 anos a mais que ela.

“A diferença de idade é grande, mas elas são muito amigas. Onde uma está, a outra vai. Adoram preparar novos roteiros de viagem juntas, já que Karina é consultora nesse ramo”, pontua a mãe Márcia, que é também promotora de viagens.

Pegando esse mote, o pequeno Lorenzo sonha grande. Quer fazer uma viagem, mas esta uma viagem espacial. O sonho dele é ser astronauta.

“Hoje tenho até aprendido inglês com ele, pois quer realmente ser um astronauta e ir estudar nos Estados Unidos. O Lorenzo sempre me diz: ‘Vovó, a senhora precisa saber inglês e mais três línguas para ir na minha missão em Marte”, sorri a avó coruja.

Entendendo o momento e essa paixão do garoto que existe desde os seus cinco anos de idade, Deborah aproveita para incentivá-lo a ler a respeito do tema astronômico.

“Lorenzo recentemente fez uma maquete do Sistema Solar em casa e, por causa disso, foi convidado onde estuda a dar duas palestras para turmas mais avançadas. E ele ainda desenvolve games em uma escola de tecnologia e ama frequentar o Planetário, espaço do conhecimento da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) junto com sua mãe. É um menino muito carinhoso e inteligente”, comenta a avó.

PÉ NO CHÃO

Deborah, no entanto, prefere ficar entre os seus — a pauta espacial é com seu filho. Ela mora em BH, no bairro Buritis.

Formada Administração de Empresas pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UniBH), com especialização em Gestão de Segurança do Patrimônio, em Inteligência e Contra Inteligência e em Gerenciamento de Riscos em Projetos, trabalhou anteriormente na mineradora AngloGold Ashanti por 10 anos (destacando-se no Gerenciamento de Riscos) e, antes disso, na Pif Paf Alimentos por mais três.

“Ela sempre comenta comigo sobre as oportunidades de especialização que tem buscado para se aprimorar na área e a troca de experiências positiva que vem vivenciado no ambiente de trabalho atual na MVV”, conta a mãe Márcia.

Ela também aproveita o tempo vago para viajar (Foto: Arquivo Pessoal)

Deborah entrou na Vale Verde em abril de 2019, como terceirizada pela 5PM Consulting, sendo contratada efetivamente em novembro último.

“É uma filha muito dedicada em tudo que faz e também preocupada comigo. Graças a Deus, recebi três grandes presentes: Karina, ela e meu neto, a razão das nossas vidas”, finaliza a dona Márcia, como que numa dança invisível das palavras e sentimentos compartilhados. Tal mãe, tal filha.

Deborah pensa diferente. Deborah faz mais. Deborah é MVV.

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