A rotina era dura. Ele acordava antes do sol nascer, quando tudo ainda era silêncio, e saía para trabalhar às 5h para então retornar às 17h, todos os dias.
Estamos falando de Edvaldo Silva dos Santos, de 39 anos, hoje técnico de Segurança do Trabalho na Mineração Vale Verde (MVV).
Por um bom período, ele atuou como “boia-fria”, cortando cana-de-açúcar na propriedade de um latifundiário que dava moradia a ele e sua família. As condições dadas pelo emprego não eram as melhores.
No entanto, era essa a maneira que dispuseram à época para um possível crescimento na vida. E foi o que aconteceu com Edvaldo por meio dos estudos.
“Venho de família humilde e sempre ajudei meus pais na roça. A gente plantava feijão e mandioca. Aos oito anos de idade, fui trabalhar com com minha mãe na lavoura de cana-de-açúcar, plantando, limpando e cortando”, diz ele.
E continua: “Cortei cana até os meus 14 anos. Na minha casa, não havia energia; só chegou quando eu tinha 16. Foi um período difícil, mas de muito aprendizado. Eu andava a pé todos os dias por 3 km, por exemplo, para pegar um ônibus para estudar na cidade. Sempre fui de escola pública”.
Ele e a família moravam no povoado Malhadas, zona rural de Marechal Deodoro. A casa era “de barro, com telhado Brasilit. Muito quente”.
“Hoje, graças ao Senhor, tudo mudou para melhor! Sou católico. Vou à missa aos domingos com minha família. E sei que essa mudança toda em minha vida se deve a Deus. Tenho muita fé! Ele me dá tudo! Da mesma forma, meus pais. Eles sempre me deram educação; me deram o melhor dentro do possível. Além Dele, com certeza, os estudos mudaram a minha trajetória e também a vida de meus irmãos”, comenta Edvaldo.
Seus pais — José Virgínio Silva dos Santos, de 64 anos, e Lindinalva Silva dos Santos, 57 — moram até hoje em Marechal, primeira capital de Alagoas. Seus irmãos se chamam José Adeilton, José Delando e Elinaldo, com quem ele tem contato realmente fraternal.
É casado com a enfermeira Yonara Tenório Toledo, formada ainda em Direito. “Juntos, temos um casal de filhos: Maria Clara Tenório Toledo, que completou 5 aninhos de idade, e o pequeno Cícero Tenório Toledo Neto, 1 ano e 7 meses. Minha esposa está novamente grávida, agora de 4 meses, mas vou encerrar minha produção por aqui!”, brinca Edvaldo.
Segundo ele, tudo que o casal planeja é para o futuro dos filhos. Para isso, segue trabalhando duro, seguindo o exemplo dos próprios pais.
Adora viajar em família. Na música, gosta de forró e sertanejo. No cinema, de filmes de ação, documentários e séries. É fã de
esportes e pratica alguns, como a natação, mergulho na praia, trilha de bicicleta e futebol.
“Trabalhei como boia-fria, garçom, frentista de posto de combustível e operador de produção no Polo Cloroquímico de Marechal Deodoro. Depois, então, migrei para área de Segurança do Trabalho, onde estou até o momento. Amo minha profissão”, coloca Edvaldo.
Ele se formou como engenheiro ambiental pela Universidade Santo Amaro (Unisa) seccional Arapiraca, tendo especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho.
Hoje faz parte da Brigada de Emergência da MVV, local onde está há mais de 10 anos. E muitos mais virão pela frente. Ele tem fé.
Edvaldo pensa diferente. Edvaldo faz mais. Edvaldo é MVV.