A letra “ême” é a décima terceira do nosso alfabeto latino. No Egito, os hieróglifos a representavam como uma onda do mar. Já no alfabeto fenício, simbolizava a água.

Talvez esse aspecto de vaivém, de fluidez tenha magnetizado o casal Maria das Graças de Moraes e Renato Dias Coelho, pais da homenageada da semana na editoria “Você Sabia”.
É de Mardenise Cristina Morais Coelho que estamos falando.
A analista administrativa da Mineração Vale Verde (MVV) em Belo Horizonte tem 40 anos de idade.
É a irmã mais velha da casa, que conta ainda com Marlon, de 39, e Marsem, 38. Todos com as iniciais “M” no nome.

Segundo os familiares, ela tem essa capacidade de se adaptar, de ser maleável, de deixar as coisas fluírem como elas se apresentam a cada instante.
“Ela é uma pessoa muito boa. Ela faz de um tudo para ajudar os outros, seja em que situação for. Sempre está tentando mudar cenários. Ela não mede esforços para isso”, diz o irmão do meio.
INFÂNCIA
Mardesine nasceu na cidade de Santa Bárbara e Marlon e Marsem, em Coronel Fabriciano, ambas no interior mineiro.
A infância deles foi em Coronel Fabriciano, em meio a campos abertos e muito verde ao redor, onde as brincadeiras ganhavam mais cor e ainda mais cheiro de liberdade.

Como tinham quase a mesma idade, os irmãos elencavam o que brincariam durante o dia, todos juntos: amarelinha, rouba-bandeira, queimada, futebol, pique-esconde etc.
“Esse período da nossa infância foi muito bom! Sempre fomos muito unidos, tanto nas brincadeiras como em outras atividades. Quando brigávamos, logo fazíamos as pazes”, conta Marlon.
MUDANÇAS
Depois de viver em Coronel Fabriciano, toda família foi para Barão de Cocais, também no interior mineiro, porque o pai Renato, que era soldador, foi viver por lá no começo dos anos 1990.

Em meados daquela década, um baque partiria aquele manso oceano dos três irmãos: Maria das Graças e Renato se separaram, coisa não muito usual àquela época.
A partir daí, a mãe começou a trabalhar como faxineira. Com essa forte correnteza, os três filhos também se iniciaram no mercado de trabalho, procurando novos ventos para ajudar na renda de casa, agora realocada para Barão de Cocais.
O trio se especializou: Mardenise fez Administração e é técnica em Eletromecânica; Marlon, técnico em Eletroeletrônica e Automação Industrial; e Marsem, técnico em Segurança do Trabalho.

RESPIRANDO JUNTO
A primogênita foi tentar a vida em Belo Horizonte, onde atualmente reside. O irmão do meio seguiu para fazer carreira em Itabira e o caçula permaneceu com a mãe em Barão de Cocais.
Perguntado sobre alguma atividade de “Márde”, como é conhecida ela na MVV, Marlon disse que “o hobby dela é sair com os amigos, apesar de também ser muito caseira. Hoje ela gosta mais de ficar em família”.

“Ela é muito emotiva. Qualquer coisinha, já está chorando. Ao passo que é uma pessoa muito alegre. Como falei, ela gosta realmente de ajudar todo mundo. É o que a faz feliz! Realmente é uma característica muito forte dela”, comenta Marlon.
E relembra: “Me recordo de quando a gente brigava com alguém e Mardenise sempre nos defendia. Se colocava à frente, sabe? Sempre foi assim. Sabia o que queria e se impunha”.
“Ela é muito protetora, amiga. Por isso a escolhi para ser madrinha de minha filha Taynara, hoje com 12 anos. Faz tudo o que está ao seu alcance para agradá-la e também ensiná-la”, pontua.
Marlon rememora que a irmã também passou momentos junto a Deus, na Igreja Católica, e que essa formação espiritual a guiou para o resto da vida, sendo um norte em sua condução pessoal e profissional.
Mardenise fez parte do Grupo de Jovens do Santuário São João Batista, que fica na Praça Monsenhor Geraldo Magela, em Barão de Cocais, por bastante tempo.
Isso que a fez e faz boiar nesse mar de bênçãos que a nau da vida oferece, não importando as dificuldades que apareçam. Ela sempre vai encarar o timão de frente, já que carrega o próprio “mar” em seu nome.
Mardenise pensa diferente. Mardenise faz mais. Mardenise é MVV.