Suicídio: Conversar sempre é a melhor solução

11 de setembro de 2019
Por Agência Lúmen
suicidio

O silêncio é uma arma carregada. O ideal é retirarmos a pólvora e a poeira das nossas arestas internas e colocarmos para fora tudo o que temos guardado.

Foto: Revista Superinteressante/ reprodução

É preciso falar. E mais ainda: é preciso aprender a ouvir o outro.

Por ano, mais de 800 mil pessoas morrem por suicídio. Ele segue sendo uma das principais causas de morte no mundo entre jovens de 15 a 29 anos, segundo recente estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS). Só perde para os acidentes de trânsito.

Para a enfermeira da Mineração Vale Verde (MVV), Sarah Ferro, que é vinculada ao Sesi, essa estatística precisa ser mudada.

“A cada 40 segundos, uma pessoa tira a própria vida no mundo, de acordo com a OMS. Um número exorbitante! É um fenômeno extremamente complexo! Ele atinge indivíduos de todos os gêneros, classes sociais, idades e origens”, diz.

De acordo com ela, os maiores fatores de risco incluem as perturbações mentais, o abuso de drogas e álcool e até alguns medicamentos.

“Outros fatores resultantes são o estresse constante; questões econômicas, principalmente em países em desenvolvimento; problemas de relacionamento, sejam eles familiares ou amorosos; discriminação por orientação sexual; perda de emprego; e o bullying, entre outros”, pontua a especialista.

SINAIS DE ALERTA

Para Sarah Ferro, é importante o caráter da prevenção e que estejamos atentos aos sinais de alerta.

“Isso serve tanto para nós quanto para pessoas próximas. As manifestações de fala são muito recorrentes (“Quero morrer!”, “Minha vontade era de sumir!”). Estas não são chantagens emocionais, mas, sim, avisos! A falta de autoestima também é determinante para a ideação suicida. Essas pessoas se sentem muito culpadas e tem uma visão muito negativa da vida e sobre seu futuro. Uma das principais características também é o isolamento, onde se deixa de interagir socialmente, inclusive, com o abandono das redes sociais”, completa.

Foto reprodução Google

O ideal é ouvir essa pessoa e tentar acalmá-la, estando com a mente aberta para o que será dito. “Temos que estar sempre perto apoiando, incentivando essa pessoa a procurar ajuda especializada de profissionais de Saúde”, orienta Sarah.

Este é um tema que costuma ser encoberto e pouco falado com uma nuvem de preconceitos, muitos tabus e incompreensões. Por isso, falar é sempre a melhor solução.

ONDE BUSCAR AJUDA

Nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), Unidades Básicas de Saúde (UBS), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), hospitais, Centros de Saúde, Unidades de Pronto-Atendimento (UPA) e no Centro de Valorização da Vida (CVV), este último através do número 188. A ligação telefônica é gratuita e pode ser feita a qualquer hora do dia ou da noite, todos os dias da semana.

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