Este ano está chegando ao fim e, com ele, uma certa nostalgia no ar: é hora de relembrar os discos que completam 50 anos em 2022 e ouvi-los no volume máximo (sem incomodar os vizinhos, ok?).
Além de servirem de inspiração para as novas gerações, estes álbuns marcaram época e refletiram movimentos sociais que nos impactam até os dias de hoje.
Por isso, listamos 10 deles para você conhecer, relembrar e compartilhar com os amigos(as) nas redes sociais e nas rodas de conversa aqui no nosso site em Craíbas, nos intervalos do nosso trabalho ou no pós-refeição no Centro de Convivência Umbuzeiro.
Está pronto para voltar no tempo? Vem com a gente!
PANORAMA INTERNACIONAL
5 discos que completam 50 anos em 2022
Antes de tudo, o ano de 1972 foi efervescente para a música, sobretudo para o Rock internacional, com a formação de novas bandas clássicas e a notoriedade de outras já consolidadas. Esse cenário contribuiu para o lançamento de alguns álbuns icônicos e nós listamos 5 deles que devem ser ouvidos com atenção. Vamos juntos(as)!
1. Exile On Main St. — The Rolling Stones
Em bom momento musical, mas com seus integrantes enfrentando dificuldades financeiras, os Rolling Stones resolveram se aventurar em autoexílio na França. Tal façanha resultou no álbum “Exile On Main St”.
Suas faixas misturam sonoridades que vão desde um blues repleto de vitalidade até um pop melancólico, sem se esquecer das doses de country.
Há quem considere esse trabalho o mais criativo da banda e um dos mais marcantes do século 20.
2. The Rise and Fall of Ziggy Stardust and the Spiders from Mars — David Bowie
Se Bowie já vinha mostrando seu talento em obras anteriores, aqui ele consolidou seu espaço. Logo após criar sua primeira persona, Ziggy Stardust, ele trouxe sua marca de camaleão em “The Rise and Fall of Ziggy Stardust and the Spiders from Mars”.
Assim, a narrativa do álbum conta a história de um alienígena rockstar que chega na Terra e se depara com um cenário nada animador.
Dessa maneira, o disco reflete um lado teatral que mistura inovação e sonoridade singular, mudando de vez as formas de produção na indústria musical.
3. Harvest — Neil Young
O álbum “Harvest” é o quarto disco solo de Neil Young. A sonoridade do projeto foi inspirada em sua participação, um ano antes, em um programa comandado por Johnny Cash, onde experimentou folk, rock e country.
O projeto traz as participações especiais de Linda Ronstadt e da Orquestra Sinfônica de Londres, além de Crosby, Stills e Nash, seus antigos companheiros de banda.
Apesar de, no início, o disco não ter sido bem aceito, ele foi reconhecido tempo depois como um dos grandes marcos dos anos 1970.
4. Vol. 4 — Black Sabbath
O quarto álbum do Black Sabbath é um clássico, pois marca o início de experimentações sutis na sonoridade da banda, tornando-se uma das mais pesadas do Heavy Metal.
Neste trabalho, com o “Vol. 4”, o quarteto inglês apostou em mais tempo para compor e em letras que abordavam angústia e frustrações.
5. School’s Out — Alice Cooper
O “School’s Out” surgiu com sonoridades distintas, repletas de experimentações coesas, incluindo passagens de jazz.
Somado a isso, o vocalista Alice Cooper uniu canto e interpretação, permeando entre momentos doces e agressivos.
Além do sucesso conquistado musicalmente, o disco físico fez história na indústria, por ser acompanhado por roupas íntimas de brinde aos fãs.
PANORAMA NACIONAL
5 discos que completam 50 anos em 2022
O ano de 1972 revelou grandes nomes da MPB e exaltou vozes femininas que se destacavam, ao mesmo tempo que o Brasil vivia as repressões da ditadura militar. A censura limitava letras e festivais, deixando para quem estava fora do país a missão de canções repletas de saudosismo. Enquanto isso, a valorização das raízes era reafirmada pelos presentes aqui. Vamos aos melhores álbuns tupiniquins daquele ano!
1. Transa — Caetano Veloso
“Transa” ainda ressoa sua sonoridade transgressora nos dias de hoje. Esta obra de Caetano foi um marco, contando com produção londrina e direção carioca.
A mistura do país britânico com o Brasil impacta por si só, assim como a remasterização no histórico Abbey Road Studios, feita em 2012.
2. Expresso 2222 — Gilberto Gil
Outro disco que misturou raízes regionais com inspirações estrangeiras foi o de Gilberto Gil, reflexo do seu tempo de exílio na Inglaterra, com o “Expresso 2222”.
Nesse sentido, marcou época por representar a abertura ao novo e a temáticas densas, como o abandono dos moralismos impostos e a expansão da consciência.
Assim, o artista conseguiu celebrar o seu retorno aos solos brasileiros com a mistura do Nordeste com a África e do disco com o rock londrino. O projeto entrou para a lista dos 100 maiores álbuns da música brasileira da Rolling Stone, em 2007.
3. Clube da Esquina — Milton Nascimento e Lô Borges
Esta é uma das produções brasileiras mais emblemáticas da história, sendo resultado do encontro de Milton Nascimento, Lô Borges, Beto Guedes e companhia.
Assim, o revolucionário material abriu espaço para compassos em cinco tempos e referências afro e banto-mineiras, com batuques vindos da congada, por exemplo.
4. Acabou Chorare — Novos Baianos
“Acabou Chorare”, dos Novos Baianos, marcou gerações por sua mistura. Nesse sentido, é possível ver distorções de Rock, Bossa Nova e sonoridades nordestinas, como o baião.
Além do mix repleto de jovialidade, o disco apresenta nuances sensuais e inocentes ao mesmo tempo, celebrando a possibilidade de gostar novamente do nosso país.
5. A Dança da Solidão — Paulinho da Viola
Embora o álbum de Paulinho da Viola seja, em sua grande parte, feito no ritmo de samba, é possível notar também a presença de um bolero. Além disso, as canções transmitem a nostalgia da pessoa amada, em letras com amargura agridoce.
O disco possui contribuições de Nelson Sargento, Wilson Batista, Nelson Cavaquinho e Cartola, entre outros. Com isso, algumas das faixas do álbum se tornaram marcos essenciais da MPB.
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Outros discos que completam 50 anos em 2022 e merecem ser ouvidos
Fica difícil escolher qual o seu preferido entre os discos que completam 50 anos em 2022, certo? Além dos clássicos citados acima, outras incríveis obras de 1972 merecem nossa menção honrosa. Aqui vão elas:
- Tim Maia – Tim Maia;
- Thick As A Brick – Jethro Tull;
- Obscured By Clouds – Pink Floyd;
- Got To Be There – Michael Jackson;
- Rio Grande Mud – ZZ Top;
- Eat A Peach – The Allman Brothers Band; e
- Talking Book – Stevie Wonder.
Melhor do que relembrar esses marcos da música, é essencial ouvir os que você ainda não conhecia, além de continuar escutando os seus favoritos. Curtam bastante!
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